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Estado brasileiro na encruzilhada. Já sabemos o que a Globo quer... e você?

Queria poder dizer que criei esta montagem, mas não... recebi de um seguidor no Facebook, como comentário a um artigo anterior. rs ...

19.11.16

ATENÇÃO: entrevista de (ex) Min. CALERO à FOLHA cheira a vacina


ATENÇÃO: entrevista de (ex) Min. CALERO à FOLHA cheira a vacina


CALERO – ex-Min. Cultura – sai atirando: “meu único bem é a minha honra”.
Menos, Calero... menos... ¬¬


Por Romulus

A notícia do dia é o pedido de demissão do – agora – ex-Ministro da Cultura, Marcelo Calero.

Ele dá uma entrevista hoje à Folha no estilo “abrindo o jogo”, tell it all, como dizem os gringos.


Eis um extrato da entrevista – com alguns grifos meus:



Li a entrevista e imediatamente meu radar de “vacina” apitou:

– Duas menções a “grampos” e “gravações”?

– Relato, pelo próprio, de que ia sair “tranquilamente”... e de que só resolve falar quando procurado por repórteres com “informações contra si”?

– Relata – nos mínimos detalhes – o enredo que supostamente levou à sua saída? Inclusive com “transcrições” – quase completas! – de diálogos entre ele e outros “atores” da trama, devidamente situados por datas e eventos?

Meu alerta grita:

– Houve sim grampo;

– As tais “tergiversações” e “evasivas” a que Calero se refere – gravadas? – seriam (no mínimo...) “dúbias”;

– Poderiam, sem grandes problemas, ser interpretadas como aquiescência dele ao esquema de Geddel;

– Como ele mesmo relata, as pressões se seguiram. Provavelmente, já com alusões às respostas anteriores, (no mínimo...) “dúbias”, de Calero;

– Nessa hora, bate o medo. Ficar com o rabo preso indefinidamente por tão pouco? Um mero cargo num ministério secundário, num governo ilegítimo (assim passará à História) e com os dias contados?

– E, por esse pouco, ser objeto de chantagens para o resto de sua vida pública?

Notem: o “garoto” é ambicioso!

*

Qual a melhor maneira de lidar com uma chantagem?

– Expor tudo – antecipadamente! – ao público.

Ou seja:

– Uma vacina!

Ou, em termos midiáticos, uma entrevista...

– ... abrindo o jogo! Telling it all!

*

Já depois de fazer essa suposição, leio a – patética – resposta de Geddel Vieira Lima a Calero, também na Folha:


*

Pergunta:

– Alguma dúvida de que houve grampo, minha gente??

*

Atualização 18:45



Ou seja: se na entrevista já há acusação de prevaricação e assédio moral a Geddel, podem somar também a de (tentativa de) extorsão!

E Maria - leitora xodó e guru do blog - resolve comparar a atitude de Calero à de um ex-professor meu e dele, o Min. Barroso/STF:


*

Abaixo, carta aberta que enviei (também) a Calero – esse meu ex-colega de faculdade! – quando soube que aderira ao Golpe:



- Discurso altruísta, menos verossímil que a alternativa, é muito comum entre colaboracionistas com problemas de consciência e de censura entre os pares.

Poupe-se do esforço das entrevistas e do vexame de tentar novamente aplicar photoshop à foto em que saiu muito mal.
- Interlocutor: "Vergonha eu tenho da Piovesan. De gente carreirista como ele (Calero) só se espera isso mesmo. O cara que não sabe nada e topa qualquer coisa".
A diferença entre identificar uma oportunidade e ceder ao oportunismo.
*
(...)

Na verdade, lamentou-se muito mais a aceitação [de Flávia Piovesan] do convite do que aquela de um egresso da UERJ e da diplomacia - Marcelo Calero - para a Secretaria da Cultura. Calero é pessoa totalmente alheia à área cultural.
Para não ser injusto baseado tão somente no estranhamento entre ele e a Cultura, fui me informar sobre sua passagem - de menos de 1 ano! - como Secretário de Cultura no Rio.
Disseram-me:
- Sua gestão representou uma melhora sim. Mas não é difícil ser melhor quando o que havia antes era terra arrasada. É totalmente alheio à área cultural e só chegou à secretaria do Rio em dança das cadeiras. Porque tinha afinidade com a chefia e foi lá encaixado para permanecer próximo.




Ainda a propósito dos convites aceitos pelos dois, vou reproduzir mensagem bem sintética que recebi de outro acadêmico do Direito Internacional:
- Vergonha eu tenho da Piovesan. De gente carreirista como ele só se espera isso mesmo. O cara que não sabe nada e topa qualquer coisa.
Depois disso fica difícil acrescentar qualquer coisa, não é mesmo?

*

Continuação:



*   *   *

Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?

- Pois você não está só! Clique na imagem e chore suas mágoas:


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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como "uma esquerdista que sabe fazer conta". Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também. 




3 comentários:

  1. é isso mesmo, ele não deixa dúvida de que o problema todo é o grampo. É o efeito Stasi que circula no Estado: toda relação embute um panóptico em potencial... Piero

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  2. Depois de um dia de celebração de memórias de "los de abajo", ao festejar Zumbi dos Palmares, voltando a ver notícias do mundo, mais uma vez nos deparamos com o andar de cima e, portanto (suspiro...), com os descalabros da política... Lembrando a cronologia, constato que houve de tudo desde a famigerada invasão do Congresso: ex-governadores presos, o espetáculo do ódio e do retorno à barbárie em torno da saída de Garotinho do hospital - aplaudido por gente de esquerda! - e enfim o escândalo da queda de mais um ministro do governo golpista que sai atirando para todo lado. Cansaço total! O que animaria a comentar tais notícias? Nada, absolutamente nada!

    Entretanto, ao retomar seu post sobre a queda do ministro, você aprofunda em filigrana o processo pelo qual o oportunismo é capaz de fornecer álibis a quem deseja se distanciar - agora! - do desastre do governo golpista, cujo descrédito não dá mais para disfarçar, mas sem precisar se afastar do bom-mocismo da postura "ética" que os levou às ruas em apoio à farsa do impeachment, esperando acabar com a "organização criminosa" que tomou conta do governo nas gestões do PT. Então compreendi que, mais que tratar de um pequeno ministro envolvido num governo golpista, você na verdade tratava de um fenômeno mais amplo, traçando o perfil de uma certa classe média que quer ficar bem na fita, perdendo a razão, mas sem perder a pose. Assim, obrigada por me vacinar para não perder a paciência, da próxima vez que tiver que conversar com minha advogada e outros amigos de mesmo quilate coxinha...

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    1. "você na verdade tratava de um fenômeno mais amplo, traçando o perfil de uma certa classe média que quer ficar bem na fita, perdendo a razão, mas sem perder a pose"

      - exatamente!

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