Destaque:

Estado brasileiro na encruzilhada. Já sabemos o que a Globo quer... e você?

Queria poder dizer que criei esta montagem, mas não... recebi de um seguidor no Facebook, como comentário a um artigo anterior. rs ...

31.8.16

Duas votações contraditórias: como Dilma derrotou o golpe de 2016


Duas votações contraditórias: como Dilma derrotou o golpe de 2016
Por Romulus
– Por que tanta preocupação de Temer e do PSDB com os direitos políticos de Dilma? Coisa curiosa, não?
– Temer tem ataque de pelanca e dá soco na mesa: "não tolerarei desaforos!"
– Recebe, de volta, valiosa lição de não outra que a Baronesa Margareth Thatcher, diva dos ultra-liberais que o acompanham.
– Aécio e Temer se falaram depois da votação de ontem? Bom, então a orelha de Renan Calheiros deve estar queimando até agora...
– A perfeita ilustração das expressões "ganhar perdendo" e, principalmente, "perder ganhando": Temer e Dilma!
– Dilma fênix: estava queimada, nas cinzas, e agora resplandece incandescente. Independentemente de preferências, uma encantadora dinâmica paradoxal. Como a politica é fascinante, não?
– E por último, hora do riso: Merval Pereira passa recibo da vitória de Dilma. Cria narrativa estapafúrdia para consumo exclusivo da bolha midiota: é “acordão para Dilma escapar do Moro” (!)

30.8.16

Dilma no Senado – balanço da 2ª parte, por Romulus

Dilma no Senado – balanço da 2ª parte
Por Romulus
– Destaques: a egotrip de Aécio. Chico Buarque. Magno Malta: retórica híbrida de bar pé sujo + púlpito de igreja neo-pentecostal, tudo num look bicheiro da Baixada Fluminense. A volta do bacharel de província: Cássio Cunha Lima. Mais uma vez a competência das mulheres: Vanessa Grazziotin e Gleisi Hoffman.
– E a conclusão apoteótica: “Eu acuso 2016”, por Lindbergh Farias.
– Bônus: a lição de humildade que Darcy Ribeiro – nome que engrandeceu esse Senado como nenhum outro – deu ao Min. Barroso, do STF.
*
Link para o post anterior:

29.8.16

Dilma no Senado: balanço da 1ª parte, por Romulus


Dilma no Senado: balanço da 1ª parte
Por Romulus
Início. Primeira parte da fala inicial de Dilma assusta. Parece que ela vai tão somente ler o script elaborado pelos conspiradores do golpe. Só fala de decreto de suplementação e pedalada. Sinto frio na barriga e confesso no twitter, em momento de fraqueza:
>> Se Dilma não falar "é golpe" e que "o governo interino só tem corrupto" e da conspiração política dos corruptos (grampo do Machado) desisto. Sério.
Na verdade Dilma fez suspense retórico. Quis fazer um discurso num crescendo e terminar “em apoteose”.
Chega a segunda parte da sua fala e, dentro do protocolo, dá nome aos bois. Faz referência velada ao grampo de Sérgio Machado (“estancar a sangria política”) e aponta para uma conspiração de políticos corruptos tentando escapar da Lava a jato. Amarra o raciocínio lembrando a total liberdade de PF e MPF no seu governo e no de Lula.
Empolgo-me no twitter:
>> Aeeee! "ESTANCAR SANGRIA DA CLASSE POLÍTICA" (grampo do Machado). "Corruptos com medo de irem pra cadeia". VIVA @dilmabr !

Agora: Cassio Cunha Lima tenta intimidar Dilma Rousseff, por Romulus

Cassio Cunha Lima tenta intimidar Dilma Rousseff
Por Romulus
Vejo a TV Senado. Entrevistado Cassio Cunha Lima. Repórter pergunta a expectativa para o Discurso de Dilma.
Cassio ameaça Dilma:
- É bom que ela tenha respeito pelo Senado! E que não insista em falar em “golpe”. Este processo ocorre por decisão do STF. E na Constituição está definido que também é crime de responsabilidade desrespeitar decisões judiciais. Então, se ela falar em golpe, será um novo crime de responsabilidade!
É mole?!
É um fanfarrão... sempre com a sua fala artificial e empolada de bacharel de província... de coronel da República Velha.
Menciona que haverá cinegrafistas levados pelo PT para filmar a fala, que será histórica sem sombra de dúvida.
Nada menos que uma nova carta-testamento de Vargas.
Com essa ameaça vã, Cassio e os seus buscam intimidar Dilma, temendo a denúncia clara da farsa, com o devido registro histórico.
Agora entra o Senador Magno Malta, o especialista na retórica híbrida de bar pé sujo com púlpito de igreja neo-pentecostal.

Balé? Esgrima? Espada de Janot era um canivete. E com perda de fio precoce, por Romulus

Balé? Esgrima? "Grande espada" de Janot revelou-se apenas um canivete diminuto. E com "perda de fio" precoce!
Por Romulus
Aviso:
- Post sujeito a interpretações subjetivas... variadas. Eufemismos? Metáforas de gosto duvidoso? Frases de duplo (triplo? quádruplo?...) sentido?
Algumas poderiam ser erroneamente interpretadas como eróticas. Mas garanto: mesmo assim não dariam nenhum tesão.
- Recomendada prudência aos responsáveis por menores, com seu menor discernimento interpretativo. Não os corrompamos precocemente! Já há corrupção demais entre os crescidinhos...
*
Já leram o último volume do “Xadrez” do Nassif?
Mas há algo que não bate em relação a avaliações passadas (no hoje “muito longínquo” março ou abril de 2016?).
Temos todos que tirar a limpo o enigma... desvendar a esfinge:

28.8.16

Atenção: golpe no Pré-sal e na Petrobras avança, por Romulus

Por Romulus
Atenção: golpe no Pré-sal e na Petrobras avança
Post “6 em 1”:
– Deputado federal Wadih Damous alerta: “enquanto Dilma está sendo julgada pelo Senado, José Serra está no Itamaraty recebendo poderosos da Shell. (...) a venda o Pré-sal brasileiro é ponto central do golpe de Estado em curso em nosso país”.
– Desnudando as estratégias dos golpistas: aspecto financeiro-fiscal e econômico-estratégico explicados com clareza. Petrobras não ser operadora enfraquece a empresa hoje e amanhã. Abre espaço ainda para estrangeiros superfaturarem a rodo  sem o olho do dono em cima – dilapidando a parte do petróleo que cabe à União pela partilha.

25.8.16

Neymar e a opressão nossa de cada dia, por Romulus

Neymar e a opressão nossa de cada dia: no Brasil ser homem é objetificar a mulher e reproduzir a homofobia. Todo dia, o dia todo.
Por Romulus
Compartilho abaixo o texto “Nossos heróis ainda são os mesmos”, de Diego Semerene no Huffpost Brasil, porque achei a análise boa e o episódio analisado paradigmático. É antigo (2014), mas não o conhecia e, por acaso, alguém o compartilhou hoje no Facebook.
Sim, compartilho... mas o faço sem esperança nenhuma: quem já acha que é um absurdo vai continuar achando e quem dá risadinha achando um barato vai continuar vendo graça.
É como a dicotomia contrários vs. favoráveis ao golpe: cada qual na sua bolhinha unicolor do Facebook/twitter. Aliás essas bolhinhas são em grande parte coincidentes, mas deixa pra lá...
No Brasil, a masculinidade - a ser afirmada e reafirmada todo dia o dia todo - está profundamente ligada a dois elementos:
(1) objetificação das mulheres (no plural); e
(2) homofobia.
Nas rodinhas quem "tira onda" é quem "pega" mulher - em quantidade e em variedade. E a maneira de debochar de outro membro da rodinha invariavelmente é insinuar em tom de farsa a sua homossexualidade diante dos demais - "olha aí que veadinho! hehehe"

24.8.16

Delações na Lava Jato e Odebrecht: verdade(s) que só crentes veem, por Romulus

"Delações" na Lava a jato, Odebrecht e a teoria que "consuma" o "fato": "verdade(s)" que só "crentes" veem
(com todas as aspas)
Por Romulus
Dias atrás o Nassif resgatou no “Xadrez...” aquela antiga dica dada pelo Eugenio Aragão no Brasilianas, acerca da disseminação, torta, da tal “teoria do fato” nas investigações do MPF (aqui).
Pois agora vemos mais uma demonstração cabal nos vazamentos de delações dos executivos da Odebrecht.
Na perversão da “teoria do fato” (consumado?), o investigador adota o mesmo modus operandi do estatístico manipulador dos números:
– Ali, como diz o Delfim Netto, “batendo o suficiente os números dizem o que se quer que eles digam”.
(nada a ver com as técnicas de interrogatório do regime a que serviu, nem com as modernas técnicas de negociação de “cooperação” premiada em Curitiba, certamente).
– Aqui, no caso específico da Lava a jato, foi descoberta a seguinte equação (“redentora”):
Caixa 2 + lobby = corrupção

19.8.16

Em vídeo, professora prova que (este) impeachment é golpe (sim)

Enviado por Romulus
Do Facebook de Liana Cirne Lins:
"Impeachment não é solução"
Amigos e amigas: peço ajuda na divulgação do segundo vídeo que gravamos sobre o impeachment. Esperamos que ele contribua para esclarecer tudo o que o golpe está colocando em risco.

Neste segundo vídeo sobre o impeachment, a professora de direito da UFPE, Liana Cirne Lins, examina as provas produzidas na Comissão do Impeachment no Senado Federal que demonstram que a Presidente Dilma Rousseff não praticou crime de responsabilidade. Avalia também os impactos do golpe sobre os direitos do trabalhador e sobre o patrimônio público dos brasileiros.

18.8.16

Golpe: fair play inexplicável em um jogo roubado, por Romulus

Golpe: o inexplicável fair play de Dilma, Lula e do PT em um jogo roubado
"É golpe, po!" (Fernando Haddad)
Por Romulus
(Escrito após ler o post “As razões para não tratar o golpe como 'golpe'”, de Luís Nassif, e os comentários dos leitores)
– Metáfora futebolística: Perdeu o jogo? Ora, pense no campeonato! Ser derrotado é do jogo. Mesmo em jogo "roubado". Mas tem que ter garra. Primeiro, não aceitar a derrota até o apito final. Segundo, perder de cabeça em pé, deixando o exemplo – e preservando o respeito da torcida. E sem esquecer: dando entradas duras no adversário. Deixando-o desfalcado pros próximos jogos.
– A partir de determinado ponto, seguir na farsa, apenas desempenhando o papel designado, é um erro injustificável.
– O ponto de não-retorno foi seguir no teatro do "as instituições estão funcionando" depois que já ficara claro que o STF estava dividido entre (a) quem estava no golpe e (b) quem se acomodaria nele sem grandes problemas.
– Os membros do bloco dos acomodados no golpe não farão nada. E tampouco estarão “ultrajados” a ponto de pedir para sair.
– Cortezões... amigos do rei... com holofotes e microfones à disposição. “Rei morto, rei posto”. Em eleição ou em golpe. Dá igual, ora. Vida que segue. Corte que segue. Estado de direito que se vai.
– Já eu digo: se é para cair e para ir para o sacrifício, que ao menos valha de alguma coisa na luta histórica. Que ao menos, num abraço de afogados, se levem junto as demais instituições – que se revelaram apodrecidas – do sistema de 88.

15.8.16

Velha questão Vol. 3: a complicada relação PT x PSOL, por Romulus

– Post originalmente publicado em 15/8/2016.
Velha questão: direita unida, esquerda estilhaçada. Vol. 3: a complicada relação PT x PSOL
Por Romulus
– A esquerda “pura”: “não fazer política” é também “fazer política”, ora.
– Nicho nanico mas certo: o conforto do pequeno, mas seguro, quartinho na casa dos pais.
– Minorias relevantes da sociedade a quem o “petismo” não apela: esquerda “pura”, anti-petistas e “centristas”.
– Perspectivas temporais diferentes: (i) a "Guerra" e (ii) as "batalhas". Ou seja, a luta de 10 mil anos entre proprietários e despossuídos; e a luta de cada geração em particular dentro desse conflito (eterno).
– Da metáfora à realidade: PT, lesa ao Estado e fim do Estado do bem-estar.
– Exemplos concretos: diferença entre exceções e avessos. As atuações de Jean Wyllys, Paulo Pimenta, Tarso & Luciana Genro.
– Bônus (de peso): Delfim Netto, a cabeça por trás do fim do Estado social da Constituição de 88. Resisto e não usarei a expressão "gênio do mal" (bem... não usarei de novo, né?).

14.8.16

Velha questão Vol. 2: cláusula de barreira, por Romulus

Velha questão: direita unida, esquerda estilhaçada. Vol. 2: cláusula de barreira
Por Romulus
– Fenômeno da fragmentação da esquerda não ocorre só no Brasil: na França, com eleições no ano que vem, o presidente Hollande terá de se submeter a prévias no PS, caso tente a reeleição. Há, também, uma miríade de candidatos mais à esquerda.
– Já no Brasil, a cláusula de barreira ensaia o seu retorno.
 Prof. Wanderley G. Santos: os tempos são tenebrosos! Ilumine a nós com mais um brilhante artigo. Agora sobre a cláusula de barreira, por favor. 
– Sabe quem a patrocina desta vez, professor? Vem pelas mãos de não outro que Aécio Neves!
– E de Gilmar Mendes e do STF também?
– Sim, pode ser: tudo é possível no Brasil de Cunha/Temer, Gilmar – e Janot!
*   *   *
França
A fragmentação das esquerdas não é um fenômeno que ocorre apenas no Brasil. Na França, por exemplo, com eleições gerais no ano que vem, o presidente Hollande terá de se submeter a prévias dentro do seu partido caso tente a reeleição. Há diversos outros pré-candidatos.

13.8.16

Mordacidade atroz contra MPF, PGR e STF: quem me culpa?, por Romulus

Por Romulus
Olha... levei mais de 20 min lendo o artigo do Nassif de hoje: “Xadrez de como o PT ajudou o MPF se tornar partido político”.
Li devagar, com toda a atenção, porque, se não é o melhor (páreo duro!) está certamente no top 3.
É um post enciclopédico.
O assunto analisado foi esgotado.
Simples assim.
Difícil até comentar.
Incapaz, limito-me a ressaltar o trecho em mim mais doído:
>> Desde o início da crise política, sabia-se que não se tratava apenas da disputa entre uma presidente atabalhoada e políticos barras-pesadas, mas de concepções de Estado. Bem antes da votação do impeachment se sabia que o novo governo entraria ungido pela promessa de limitar as despesas públicas, definindo limites nominais para gastos voltados para os interesses difusos, saúde, educação, sem definir limites para os gastos com juros. Para um leigo, parece medida disciplinadora de gastos. Para quem é do ramo, significará o desmonte do SUS e do sistema educacional público <<