Por Romulus
Estou comentando ao vivo no twitter.
Primeira rodada: o resultado e o que ele significa politicamente
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Segunda rodada: "de pai para filho"
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Terceira rodada: discurso do vencedor
- Primeiro discurso: pronunciamento à nação pela TV.
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Quarta rodada: as (novas) oposições
Direita tradicional, com o novo chefe, François Baroin, mais cedo ao vivo na bancada da TV pública confirmou que será oposição a Macron, bem como a expulsão de quem do partido se aproximar dele ~antes~ das eleições legislativas (daqui a um mês).
Lógico: não quer que a nova sigla de Macron, En Marche!, sifone os votos conservadores-liberais, seu pasto eleitoral.
(mesmo nicho social: ambos advogam ampla liberalização da economia!)
Quer, evidentemente, não desmobilizar suas tropas, para fazer a maior bancada possível. Assim, terá a maior alavancagem (poder de barganha) possível diante do novo Presidente.
A ver.
Do outro lado do espectro político, Jean-Luc Melénchon, já falou à nação. Discurso duro, seco, ressaltando que a pauta de Macron é o desmonte do Estado do bem-estar social.
Também chama os seus pra batalha:
- Fazer grande bancada nas eleições legislativas, capaz de atrapalhar os planos de Macron.
A ver. (2)
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Quinta rodada: bis do discurso do vencedor
- Segundo discurso: comemoração com a militância
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Sexta rodada: a questão subjacente de toda esta eleição - as "duas Franças"
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Sétima rodada: quem vai ser @ Primeir@ Ministr@?
- Lembrem: a França tem regime misto, semi-presidencial - ou semi-parlamentar... como preferir o freguês!
Assim, chefe de governo e seu gabinete são ~indicados~ pelo Presidente... mas tem que ser ~aprovados~ pelo Parlamento.
Várias vezes na História recente da França houve a chamada "co-habitação": um partido levava a Presidência e o rival (esquerda e direita tradicional alternando-se) levava o governo, por conquistar a maioria parlamentar.
Exemplos: Mitterrand (PS)/Chirac (RPR); Chirac (RPR/UMP)/Jospin (PS).
As competências são distintas: o Presidente é o Chefe do Estado. Responsável pelas relações internacionais e chefe das Forças Armadas, p.e..
É, acima de tudo, o garante do "bom funcionamento das instituições da República francesa".
Todos esses, temas "de Estado" portanto. Por definição, estratégicos e de longo prazo. Estão - ou melhor: deveriam estar... - acima das "paixões políticas" dos sucessivos ciclos eleitorais.
Ao Primeiro Ministro e ao ~seu~ governo cabe ~toda~ a política interna: economia, segurança, orçamento, justiça...
Bem... tudo isso "em tese".
Isso porque, fora os períodos de co-habitação, evidentemente, o Presidente é quem de fato escolhia os ministros...
- ... inclusive o "Primeiro", ora!
Ocasião em que o Presidente se torna, de fato (senão de direito) chefe dos Ministros, a quem dá instruções diretamente, bypassando o Primeiro Ministro. Esse acaba parecendo mais um "líder do governo no Parlamento" que propriamente o chefe de governo. Dá-se a debates acalorados na Assembleia Nacional com a oposição... e não (muito) mais.
Aqui, uma definição bem interessante:
Entretanto, desde 2002, quando o mandato presidencial foi reduzido de 7 para 5 anos, para que a sua eleição passasse a coincidir com a legislativa (separadas por apenas 6 semanas), nunca mais houve co-habitação.
Esse, o próprio propósito implícito nessa reforma constitucional... em virtude da disfuncionalidade (auto-evidente) de haver antagonismos e rivalidade entre o Chefe do Estado e o de governo.
(mesmo porque, em regra, o Primeiro Ministro é candidato natural à sucessão presidencial!)
E a mudança funcionou: como era de se esperar, de lá para cá todos os Presidentes eleitos - seja de direita, seja de esquerda - conseguiram no mês seguinte assegurar a maioria no Parlamento. Embalados, é claro, pela força da própria vitória eleitoral.
No entanto, tudo mudou neste ano: com a fragmentação partidária e, principalmente, do voto, a França parece ter deixado de viver sob o bipartidarismo (informal), com todos os demais partidos, pequenos, ocupando apenas a periferia do jogo político.
Para começar, nenhum dos dois partidos tradicionais passou para o segundo turno (algo inédito).
E pior: o eleito, Emmanuel Macron, pertence a um partido novo, que mal tem um ano de existência!
Como comentado acima, 61% dos eleitores diz não querer que Macron faça a maioria parlamentar. Assim, tudo é, neste momento, incerto.
Marine Le Pen e Jean-Luc Melénchon tentam, pela direita e pela esquerda, respectivamente, afirmarem-se como "chefes da oposição".
Qual deles terá maior sucesso?
O (mais que centenário) PS está mais rachado do que nunca, dividido em dois "sub-partidos" para a eleição legislativa vindoura: uma banda antecipando que quer ser da futura base de sustentação de Macron; e a outra, que será oposição.
Mesma coisa no LR, a direita tradicional. O chefe diz que o partido será de oposição ~sim~ e que quem "piscar" para Macron será expulso.
Ah, é?
Pois, antes mesmo da vitória, vários membros já diziam querer "trabalhar com Macron". Hoje, evidentemente, a lista dos "oferecidos" aumentou consideravelmente.
Tanto no PS como no LR, tudo dependerá de qual ala sairá vitoriosa em junho.
Está complicado ate aqui?
Pois fica pior: Macron diz que o seu partido terá apenas candidatos "vindos da sociedade"... sem experiência política prévia.
Indo ainda mais fundo na negação da política, a sua escolha está seguindo - supostamente... - o modelo "meritocrático":
- Exame do CV dos candidatos... a candidatos!
Interessados podem aplicar pela internet!
Bem... a ver.
Mas, como não poderia deixar de ser, especulações de nomes para um futuro governo já começaram:
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Primeira rodada: o resultado e o que ele significa politicamente
Première estimation des résultats de la #Présidentielle2017 https://t.co/Elveypc1lE pic.twitter.com/7LRYNlWbAD— franceinfo plus (@franceinfoplus) May 7, 2017
1-Mais rejeição: fora elevada abstenção, 8,8% de votos brancos e nulos! (4,2 milhoes). Ou seja: no total d votos, Macron teve 59%. https://t.co/rN4SAzct4q— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
2-Considerando total do colegio eleitoral (somando abstencionistas) Macron teve 44.36%.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Relevante: contra adversária c/ rejeição altíssima! https://t.co/rN4SAzct4q
3-Ou seja: olhando objetivamente Macron longe d tá respaldado amplamente— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Mas mídia já martela"narrativa":"vitória clara"c/"score altissimo"😒 https://t.co/rN4SAzct4q
4-Midia martela versão q já ensaiava antes da votação: ampliaçao da diferença seria devida a desempenho d ambos no debate de 4a à noite. https://t.co/rN4SAzct4q— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Emmanuel Macron, 39 ans, explose le record du président le plus jeune de la Ve République. #Présidentielle2017 https://t.co/Elveypc1lE pic.twitter.com/3OncfRR9BW— franceinfo plus (@franceinfoplus) May 7, 2017
5-Marine Le Pen discursa, assume derrota, s/sequer se referir a abstençao e votos brancos (q inveja da civilizaçao!) https://t.co/fNL1gbmbcR— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
6-E vira pg: acena c/fim do"FN"p/criar"novo"partido, provavelmente"Patriotas".— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Visa-p/2022-tirar"caricatos"e diminuir rejeição, q a derrotou https://t.co/fNL1gbmbcR
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Segunda rodada: "de pai para filho"
J’ai appelé @EmmanuelMacron pour le féliciter chaleureusement pour son élection. Je lui ai exprimé tous mes vœux de réussite pour notre pays— François Hollande (@fhollande) May 7, 2017
1-Rei (decapitado) dá parabéns ao "dauphin" (príncipe-herdeiro) de França.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Passagem de faixa de Presidente de pai p/filho. https://t.co/jeCBhcIgCs
2-Aos subordinados Hollande sempre disse"Macron c'est moi". "Macron e eu somos a msm coisa"... p/q fizessem td q seu protegé determinasse. https://t.co/jeCBhcIgCs— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
3-Ruptura"fake"de"pai"rejeitado p/eleitor e"filho"é evidente. Fica +clara ainda c/@RoyalSegolene-Min/ex-mulher d @fhollande-radiante na TV— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
😉 https://t.co/jeCBhcIgCs
1-IPSOS confirma: 43% dos q votaram Macron o fizeram p/reheição a Le Pen.https://t.co/eQdVIkIZMw pic.twitter.com/8Ppt4fMsZi— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
2- Alerta: recém-eleito, 61% dos eleitores totais ~NÃO~ quer q Macron tenha maioria no Parlamento! 😯https://t.co/eQdVIkIZMw— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
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Terceira rodada: discurso do vencedor
- Primeiro discurso: pronunciamento à nação pela TV.
— franceinfo (@franceinfo) May 7, 2017
"Je veux ce soir adresser un salut républicain à mon adversaire", dit Macron, qui "respecte" les électeurs qui ont choisi "le vote extrême" pic.twitter.com/ubLXAEs5HL
1-Macron diz entender e~respeitar~eleitores q votaram"nos extremos"p/desespero.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Diz q fará td p/unidd da nação
Toca em terrorismo/ecologia. https://t.co/sV5Gswgk8u
2-Gde ausência q passou batida (?) p/apresentadores da TV: ñ vi menção à União Europeia, amplamente rejeitada!🤔— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Lógico: legislativas vem aí😉 https://t.co/sV5Gswgk8u
1-Mau presságio?— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
PortaVoz d Macron fala na TV q"ñ importa se ideia é d dir.ou esq. Se for boa usaremos"
Quizz: quem falou isso na sua posse? https://t.co/zxUCxoPjUn
2-Ele msm: pai da 3a via (neoliberalismo progressista)-TonyBlair.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Ñ acabou mto bem, né?
Será q ampla rejeição, q dura ate hj, é só p/Iraque? https://t.co/zxUCxoPjUn
3-Tentativa discursiva de despolitização lembra velho adágio, sempre atual:"td vez q alguem falar q ñ há+ esq. e dir., essa pessoa é d dir"😉 https://t.co/zxUCxoPjUn— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
@rommulus_ Uma certa candidata das florestas tupiniquins que não chegou no 2o turno, tb disse algo similar...— só na pregui.... (@clvleal) May 7, 2017
@rommulus_ @pilihsacconi Perfeito. Vale também para os apolíticos ou os apartidários. Este tipo de muro, misteriosamente, derruba as pessoas para a direita.— joão massa (@joaomassa) May 7, 2017
Lembra chiste clássico de Miterrand:— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
"esse tal de <<centro>>... ele não é de esquerda, nem de...
- ... ~esquerda~ !"
😂😂😂 https://t.co/YEPvvkuefl
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Quarta rodada: as (novas) oposições
Direita tradicional, com o novo chefe, François Baroin, mais cedo ao vivo na bancada da TV pública confirmou que será oposição a Macron, bem como a expulsão de quem do partido se aproximar dele ~antes~ das eleições legislativas (daqui a um mês).
Lógico: não quer que a nova sigla de Macron, En Marche!, sifone os votos conservadores-liberais, seu pasto eleitoral.
(mesmo nicho social: ambos advogam ampla liberalização da economia!)
Quer, evidentemente, não desmobilizar suas tropas, para fazer a maior bancada possível. Assim, terá a maior alavancagem (poder de barganha) possível diante do novo Presidente.
A ver.
"Notre pays a massivement refusé l'extrême droite"
La réaction de Jean-Luc Mélenchon : https://t.co/Elveypc1lE #Présidentielle2017 pic.twitter.com/U3fzBRaJmI— franceinfo plus (@franceinfoplus) May 7, 2017
Do outro lado do espectro político, Jean-Luc Melénchon, já falou à nação. Discurso duro, seco, ressaltando que a pauta de Macron é o desmonte do Estado do bem-estar social.
Também chama os seus pra batalha:
- Fazer grande bancada nas eleições legislativas, capaz de atrapalhar os planos de Macron.
A ver. (2)
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Quinta rodada: bis do discurso do vencedor
- Segundo discurso: comemoração com a militância
#Présidentielle2017 "Une majorité de changement c'est ce que j'attends de vous dans 6 semaines", Emmanuel Macron pic.twitter.com/IeiaBwCc5Z— franceinfo (@franceinfo) May 7, 2017
1-Acaba d terminar 2o discurso de Macron - agora num palanque diante da militância. Escolheu pirâmide do Louvre. Pq? https://t.co/4atnP8MISm— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
2-Pq locais tradicionais - Place de la Concorde e de la Bastille - sao identificadas c/comemoraçoes da dir. e esq. respectivamente. https://t.co/4atnP8MISm— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
@rommulus_ Imitou imagem solene de Mitterrand quando eleito, chegando a pé na esplanada do Louvre.— Tania Ottoni (@Taniottoni) May 7, 2017
3-Esntrou ao som da 9a sinfonia de Beethoven.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Pq?
Pq é hino da União Europeia.
Isso msm: sutileza.
Pq hj UE queima o filme. rs
4-No discurso falou apenas 1x : trabalhará p/"refundação"da Europa(?).— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Disse d novo q respeitava quem votou em Le Pen. Mas q lutaria p/ q +
5-no fim do mandato ñ votassem mais"nos extremoS".— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Notaram plural em vez d"extrema-dir."?
Pois é.
Cm pprio, situa @JLMelenchon na oposiçao.
6-Coloca-se cm"progresso"contra"conservadorismo".— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Cm ñ podia deixar d ser, conclama militância a conquistar maioria nas eleiçõesLegislativas
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Sexta rodada: a questão subjacente de toda esta eleição - as "duas Franças"
À #Paris, 90% des suffrages pour @EmmanuelMacron et seulement 10% pour l'extrême-droite. Fière des Parisiens !— Anne Hidalgo (@Anne_Hidalgo) May 7, 2017
1-Paradigmático:— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Prefeita de Paris tuita agora q Macron fez 90% dos votos na cidade.
Coração da França "que vai bem" na globalização. https://t.co/A7KMGIwuNz
2-Cm será q foi nas áreas rurais e semi-rurais, nas periferias e em lugares cm o "corredor da pobreza" de Bordeaux?https://t.co/ziJlJCuVJx— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
[Replay] Le couloir de pauvreté "Liberté, #inégalité, fraternité" http://t.co/B81QsM4swb #Langleco #Bordeaux pic.twitter.com/4SaCsPfCva— L'Angle éco (@Langleco) February 17, 2015
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Sétima rodada: quem vai ser @ Primeir@ Ministr@?
- Lembrem: a França tem regime misto, semi-presidencial - ou semi-parlamentar... como preferir o freguês!
Assim, chefe de governo e seu gabinete são ~indicados~ pelo Presidente... mas tem que ser ~aprovados~ pelo Parlamento.
Várias vezes na História recente da França houve a chamada "co-habitação": um partido levava a Presidência e o rival (esquerda e direita tradicional alternando-se) levava o governo, por conquistar a maioria parlamentar.
Exemplos: Mitterrand (PS)/Chirac (RPR); Chirac (RPR/UMP)/Jospin (PS).
As competências são distintas: o Presidente é o Chefe do Estado. Responsável pelas relações internacionais e chefe das Forças Armadas, p.e..
É, acima de tudo, o garante do "bom funcionamento das instituições da República francesa".
Todos esses, temas "de Estado" portanto. Por definição, estratégicos e de longo prazo. Estão - ou melhor: deveriam estar... - acima das "paixões políticas" dos sucessivos ciclos eleitorais.
Ao Primeiro Ministro e ao ~seu~ governo cabe ~toda~ a política interna: economia, segurança, orçamento, justiça...
Bem... tudo isso "em tese".
Isso porque, fora os períodos de co-habitação, evidentemente, o Presidente é quem de fato escolhia os ministros...
- ... inclusive o "Primeiro", ora!
Ocasião em que o Presidente se torna, de fato (senão de direito) chefe dos Ministros, a quem dá instruções diretamente, bypassando o Primeiro Ministro. Esse acaba parecendo mais um "líder do governo no Parlamento" que propriamente o chefe de governo. Dá-se a debates acalorados na Assembleia Nacional com a oposição... e não (muito) mais.
Aqui, uma definição bem interessante:
- Mudanças... e mais mudanças!
Entretanto, desde 2002, quando o mandato presidencial foi reduzido de 7 para 5 anos, para que a sua eleição passasse a coincidir com a legislativa (separadas por apenas 6 semanas), nunca mais houve co-habitação.
Esse, o próprio propósito implícito nessa reforma constitucional... em virtude da disfuncionalidade (auto-evidente) de haver antagonismos e rivalidade entre o Chefe do Estado e o de governo.
(mesmo porque, em regra, o Primeiro Ministro é candidato natural à sucessão presidencial!)
E a mudança funcionou: como era de se esperar, de lá para cá todos os Presidentes eleitos - seja de direita, seja de esquerda - conseguiram no mês seguinte assegurar a maioria no Parlamento. Embalados, é claro, pela força da própria vitória eleitoral.
No entanto, tudo mudou neste ano: com a fragmentação partidária e, principalmente, do voto, a França parece ter deixado de viver sob o bipartidarismo (informal), com todos os demais partidos, pequenos, ocupando apenas a periferia do jogo político.
Para começar, nenhum dos dois partidos tradicionais passou para o segundo turno (algo inédito).
E pior: o eleito, Emmanuel Macron, pertence a um partido novo, que mal tem um ano de existência!
- Ventos contrários
Como comentado acima, 61% dos eleitores diz não querer que Macron faça a maioria parlamentar. Assim, tudo é, neste momento, incerto.
Marine Le Pen e Jean-Luc Melénchon tentam, pela direita e pela esquerda, respectivamente, afirmarem-se como "chefes da oposição".
Qual deles terá maior sucesso?
O (mais que centenário) PS está mais rachado do que nunca, dividido em dois "sub-partidos" para a eleição legislativa vindoura: uma banda antecipando que quer ser da futura base de sustentação de Macron; e a outra, que será oposição.
Mesma coisa no LR, a direita tradicional. O chefe diz que o partido será de oposição ~sim~ e que quem "piscar" para Macron será expulso.
Ah, é?
Pois, antes mesmo da vitória, vários membros já diziam querer "trabalhar com Macron". Hoje, evidentemente, a lista dos "oferecidos" aumentou consideravelmente.
Tanto no PS como no LR, tudo dependerá de qual ala sairá vitoriosa em junho.
- A "novidade" "a-política"
Está complicado ate aqui?
Pois fica pior: Macron diz que o seu partido terá apenas candidatos "vindos da sociedade"... sem experiência política prévia.
Indo ainda mais fundo na negação da política, a sua escolha está seguindo - supostamente... - o modelo "meritocrático":
- Exame do CV dos candidatos... a candidatos!
Interessados podem aplicar pela internet!
- E que bicho vai dar isso?
Bem... a ver.
Mas, como não poderia deixar de ser, especulações de nomes para um futuro governo já começaram:
1-Analistas especulam agora na TV nomes p/1o Ministro.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
"P/mostrar q Macron ñ é da esq. (?), nome deveria vir da centro-direita".
2-Citam políticos do centro e da direita e...— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
...Christine Lagarde!
Chefona no FMI.
Macron há mto tempo disse q gostaria de nomear 1 mulher.
3-Disse querer gov. e candidatos às legislativas paritários: metade homem, metade mulher.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Mas td isso ñ depende dele.
Pq p/Constituição +
4-diz q 1o Ministro -"o"chefe do~governo~- deve ser o"chefe da maioria"parlamentar.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Ñ precisa ser parlamentar mas tem q ser votado p/maioria
5-Como comentamos ao longo do dia, td está aberto p/eleições legislativas. Por isso, ñ se sabe qual vai ser essa maioria. A ver!— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
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Outras reações:
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Excelente análise! Nada do que diz a mídia hehe. https://t.co/SsyKUKmQzi— Tania Ottoni (@Taniottoni) May 7, 2017
Pq será, né?— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Tive eu q pegar minha calculadora aqui e fazer as regras de 3 eu mesmo! rs https://t.co/sWx0Ve7qMV
@rommulus_ @AgenciadaNo @stanleyburburin @zehdeabreu @gleisi @luisnassif @DeputadoFederal @LindbergFarias @MBRAndrea @NovoLauropro @merlim @wildwordweb @ElaineG16 @felipepena @LeonardoBoff O mais cômico desta história são os comentaristas da globo news quase chorando ao fazer o anuncio— Radio O Proletário (@RadioProletrio) May 7, 2017
Imaginei: Globo nunca aceitou (oi?!) vitória de Trump.— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
Tá feliz c/, desta vez, fatos se prestarem às suas narrativas (parciais). https://t.co/zQpytotVPZ
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