Por Romulus (& leitores)
Algumas reações e diálogos a partir do último post:
@rommulus_ @CCambara2 @Direitos_Civis @sandraselmadere @Sandman998 @NovoLauropro @AnnaS_Gdottir @ElaineG16 @wildwordweb @DilmaResiste @merlim Já até comentei a matéria, @rommulus_. Meu ponto de vista é parecidíssimo com o seu.— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
1-Eu vi. E infelizmente concordo c/seu diagnóstico sobre BR. jeito é soltar longo suspiro. E... https://t.co/UjjOBclPEw— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
2- trocar lente temporal: pensar ora na História (contada em séculos) ora na peleja da semana. Pq pensar de 85 p/cá é desolador. https://t.co/UjjOBclPEw— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
@rommulus_ No final do ano estava bem nessa levada. Hoje melhorei, mas de vez em quando a crise bate. E enquanto isso, meus filhos crescem... 😔😖😥😪— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
4-eu msm to perdido em algum lugar entre os 2: trauma abafado/luto p/patrimônio d lutas d gerações queimado tão rápido e c/tanta facilidade. https://t.co/UjjOBclPEw— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
@rommulus_ Para mim isso se tem traduzido na falta de contato com ex-amigos que queimaram tão fácil tudo isso por que tantos lutaram.— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
1 das partes +duras. E p/2lados. Mto mal comparando é cm Bósnia em q velhos vizinhos, cristão e muçulmano, ñ podem +viver junto dps d guerra https://t.co/WY0svKhDDt— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
@rommulus_ ...ou manda textão de Reinaldo Azedo defendendo o golpe, pouco antes de você apresentar Sinfonia nº2 de Mahler, em 14/3/2015...
— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
@rommulus_ ...sendo que nesse último caso essa pessoa se formou em música pela UNICAMP e me deu aulas de canto por um bom tempo.— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
@rommulus_ Para mim, esse seria a última pessoa a ter uma reação dessas. Ou ainda um cara que se diz pastor protestante e quer a morte do Lula...— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
Isso me choca mto. Como cristão ñ consigo entender. Devem ler Evangelhos apócrifos. Pq nos q tem na minha Bíblia ñ tem d onde extrair ódio. https://t.co/UlIQTXr2I1
— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
@rommulus_ Fui cristão/católico até o final da minha adolescência. Hoje em dia acho que a maior parte não é de cristãos - no máximo de cristinhos kkk— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
@rommulus_ Hoje em dia, conto os amigos nos dedos de uma só mão. Sendo que dois deles voltam pra Europa no final do ano. 😱😥😔😖😪— Paulo Baß (@Szarastro) May 6, 2017
Quem pode tá saindo p/ñ +testemunhar e "só" ouvir falar. Ñ se pode culpar. Já tava aqui, mas confesso q ñ conseguiria ter visto de perto. https://t.co/3iXTF4eFL5— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
@rommulus_ @stanleyburburin @CCambara2 @Direitos_Civis @sandraselmadere @Sandman998 @NovoLauropro @AnnaS_Gdottir @ElaineG16 @wildwordweb @DilmaResiste @merlim Durante o texto, uma voz ecoou várias vezes na minha cabeça o termo "Dia do Arremesso", aí você vai e cita! Ganhou um novo seguidor! =D— Celso S. de Freitas (@celsosfreitas) May 6, 2017
Esse episódio d FamíliaDinossauro me marcou. Definitivamente ñ era p/criança! Lembro sempre q vejo idoso querido ter negado fim d vida digno https://t.co/TxckOFLS9F— rommulus_ (@rommulus_) May 6, 2017
@rommulus_ Não mesmo. E não só esse episódio. A série se disfarçava de infantil, mas transbordava sarcasmo e abordava temas adultos sem nós percebermos— Celso S. de Freitas (@celsosfreitas) May 6, 2017
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Mais um texto genial sobre as eleições francesas. Ajuda a pensar sobre o Brasil, por incrível que pareça. Vale a leitura! https://t.co/KFFHj9vbWu— Vania Cury (@vaniacury) May 7, 2017
Pois é p/isso mesmo q escrevo, minha cara.
Lógico q interessa oq se passa lá.
Mas mto +oq dá p/extrapolar p/outras realidades.
Como a nossa! https://t.co/qkajPadmmc— rommulus_ (@rommulus_) May 7, 2017
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Luto e luta
“Confesso que levei um cruzado de direita no queixo e estou completamente grogue. Nesse momento estou desacordado sendo atendido pelo meu segundo no corner. Ele está me perguntando coisas que para mim parecem sem nexo, algo como ‘posso jogar a toalha?’ Eu disse que podia”.
Gilson AS
Muito comum essa descrição no dia de hoje.
É o choque e o início do luto.
Tenho falado muito com militantes no twitter e hoje todos estavam arrasados.
Os mais velhos, que viveram 64, não conseguem acreditar que aconteceu de novo. Um disse que para ele já deu, que não tem mais saúde para isso e que passa a tocha adiante. Vai se concentrar em cuidar das suas plantas. No mais, vai vir falar com os outros de tempos em tempos pela amizade construída, mas não vai mais se envolver na luta.
Uma militante jovem - que se despencou de outra região do Brasil para Congonhas em SP no caso da condução coercitiva do Lula - chorou hoje várias vezes e disse que se sentia como quando houve um luto na família.
Faz sentido.
Na verdade, o que me levou a escrever o post “Golpe: saldo do Senado, STF e próximos passos”, com algum esforço depois das 20h de sessão no Senado, foi justamente estar pensando nessa militância. Principalmente nas pessoas engajadas na luta, mas alheias à burocracia partidária do PT e a cálculos eleitorais imediatistas. As pessoas mais idealistas e fora do establishment político.
Isso porque muitas dessas pessoas podem se frustrar ainda mais com a estratégia de curto prazo que o partido parece que vai adotar. Essa linha de luta estritamente dentro das regras falseadas da institucionalidade de 88 - sem ao menos denunciar abertamente o vício do sistema.
Se eu - daqui da Suíça - fico revoltado com essa opção “tímida”, que dirá as pessoas que vestiram a camisa, foram a atos em outros Estados, fizeram trabalho de base, tomaram um calor da PM...
Acabou que escrevi muito mais do que queria.
Foram uns 2 ou 3 posts em 1.
Talvez até no dia errado, pois penso que muita gente não quer mais saber desse assunto hoje. Ou mesmo até a segunda-feira.
Mas para aqueles que buscam análise sobre o que pode estar por vir, ou mesmo que busquem um eco do que sentem, resolvi trabalhar as ideias e os sentimentos depois daquelas 20h de sessão no Senado e escrevi o texto.
Quando esse pessoal estiver melhor, voltamos a conversar e discutir estratégias.
Um dia depois do outro.
Ate chegar mais perto de onde a gente quer ir.
Na verdade, trata-se de uma ilusão. A utopia, como o horizonte, cada vez que a gente avança um passo, avança um passo também adiante, num balé infinito.
Vamos perseguindo a utopia e no caminho fazemos uma obra coletiva indo na direção que almejamos.
Como aprendemos com os anos, o caminho não é linear. Muitas vezes ficamos parados ou andamos só de lado. Pois hoje aprendemos que nem mesmo o sentido é único: às vezes andamos para trás sim.
Paciência.
Apesar da dor do orgulho ferido, essa é uma lição de humildade.
Não podemos nunca perder de vista a dimensão histórica da luta: nós, como indivíduos, somos apenas como grãos de areia no deserto. Ao longo dos anos e décadas nós todos juntos podemos fazer as enormes dunas se moverem alguns metros. E assim sucessivamente a cada geração.
É preciso aceitar isso com humildade. E encontrar realização em ser só aquele grão de areia. Um grão sim, mas que divide o peso da duna, a luta e a sina com outros milhões de grãos de areia mais iguais do que diferentes.
Eu sei... eu também estou assim hoje:
- Quero apenas o silêncio por um tempo. E talvez ouvir o som do vento roçando as dunas na noite do deserto.
- Ouviram aí também?
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- E no Twitter:
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