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Estado brasileiro na encruzilhada. Já sabemos o que a Globo quer... e você?

Queria poder dizer que criei esta montagem, mas não... recebi de um seguidor no Facebook, como comentário a um artigo anterior. rs ...

23.1.18

Roosevelt vai a Porto Alegre: “está nas mãos do povo fazer valer direito de votar em Lula!”



Texto elaborado em cima de breve fala no final do Programa Duplo Expresso desta manhã:
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No Brasil dos “joão sem braço”, a elite, em cada rodada de avanço do golpe, sempre adota a tática atrevida do “se colar, colou” diante do seu adversário: o povo brasileiro. Assim, lançam a arbitrariedade da vez – no Judiciário, mas também no Executivo e no Legislativo – e ficam aguardando para ver se desta vez haverá – ou não – reação popular:
– Os movimentos sociais organizados e o povão ficarão passivos? Ou a coisa vai engrossar?
Lançam o balão de ensaio de turno e ficam, depois, monitorando… medindo a temperatura.
Se der M., recuam. Sem maiores problemas!
Exemplos não faltam. No Executivo, o fim da RENCA/ Ministério da Cultura e, mais recentemente, a venda da Embraer para a Boeing. No Legislativo, a votação da Reforma da Previdência e da entrega das terras brasileiras a compradores estrangeiros. No Judiciário, a condução coercitiva – frustrada – de Lula em março de 2016. Condução coercitiva essa aliás que, garante fonte no meio jurídico, seria “convertida”, ato contínuo, na decretação de sua prisão cautelar.
Nunca saberemos ao certo, não é mesmo?
E sabe por que nunca saberemos?
– Porque, naquele dia histórico, o povo tomou – espontaneamente! – as ruas.
– E, providencialmente, o Aeroporto de Congonhas.
Simples assim.
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Pois é também essa tática, a do “se colar, colou”, que vem sendo adotada no julgamento do Presidente Lula. Sucedem-se as arbitrariedades, numa escalada rumo a um “clímax” que todos conhecemos. Pari passu, vão vendo se haverá “desta vez” – ou não – reação popular.
E é assim que virá – quase uma certeza – a confirmação da condenação de Lula por Sergio Moro pelos três desembargadores do TRF-4, amanhã.
Algo diferente disso, se vier, será lucro!
Eu, Romulus, na minha ação política/ militante/ discursiva, já realizei o prejuízo.
Sendo a condenação confirmada em Porto Alegre, quaisquer recursos, sejam nesse processo “criminal” (triplex), sejam na Justiça Eleitoral com vistas à elegibilidade de Lula, serão julgados em Brasília:
– STJ, TSE e – finalmente – STF.
Acreditem em mim:
– Os Ministros dessas cortes superiores, que vem respaldando até aqui “juridicamente”, de forma infalível, cada novo passo do Golpe, também  decidiram.
Afinal, o Golpe não se completa caso Lula não seja impedido de concorrer nas próximas eleições.
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Digo, concorrer e ganhar!
– Atenção, minha gente!
– Olho nessa história de Temer/ Meirelles/ FHC/ Rodrigo Maia dizendo por aí que Lula “deve ser derrotado nas urnas”!
Sim, nas urnas… as eletrônicas, sabe… as inauditáveis… as (deliberadamente) mantidas inseguras (há 15 anos!)… aquelas, hoje, confiadas às zelosas mãos de Gilmar Mendes e, dentro em pouco, de Luiz Fux!
(sim, de Luiz Fux, “primo” (doleiro) Dario Messer!)
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Repito – os Ministros em Brasília já “decidiram”:
– Lula não pode concorrer.
(mais abaixo explico as aspas em “decidiram”, “primo” (doleiro) Dario Messer – bis)
Novamente: somente assim o Golpe se completará!
E é justamente por isso que Porto Alegre é tão importante:
– Realizar o prejuízo da confirmação da condenação lá, já nos articulando para a etapa “brasiliense” da disputa, não é “queimar etapas”.
(discordo, portanto, do caro Ministro Eugênio Aragão – ver no vídeo)
– Trata-se, na verdade, de situar Porto Alegre na longa – sim, longa… – marcha de resistência ao Golpe.
– Todo ele!
É imperativo mostrar a força da resistência democrática já agora em Porto Alegre. Como muito bem colocou meu parceiro de apresentação no Duplo Expresso, Wellington Calasans, o “24 de janeiro” trata-se, em realidade, do “Réveillon político 2018” do Brasil. É importante mostrar a força da mobilização, sinalizando que se trata da partida – e não da chegada! – de uma escalada: aquilo seria o “início”, que “só vai crescer”. Essa deve ser a percepção no day after. Isso para que, quando o(s) processo(s) chegar(em) em Brasília, esse “pessoal” – Ministros de Tribunais Superiores; políticos da direita (e infiltrados na esquerda – suspiro!) – seja forçado, diante da nova correlação de forças na sociedade, a “permitir” o exercício de um… direito:
– O direito da cidadania brasileira de, se assim quiser, rejeitar o projeto político-“jurídico”-econômico do Golpe.
– Incidentalmente, votando em Lula para Presidente.
*
Percebam:
– “Eles” não arrebentaram o Brasil – com o ataque deliberado, diuturno, às expectativas dos agentes econômicos (p.e., com a ameaça de “apagão” por 10 anos, Miriam Leitão); com as “jornadas de junho” de 2013; com os “não vai ter Copa/ Olimpíada”; e, finalmente, com a Lava Jato – para permitir que Lula retorne agora possa dar meia-volta no “transatlântico”.
Notem bem:
– “Eles”, digo, a contraparte “brasileira” (aspas!) do Golpe – Globo/ políticos da direita – não queriam, necessariamente, arrebentar a economia brasileira!
– Foi um pré-requisito para conseguirem tirar o PT do poder!
– E conseguiram!
Perguntar-se-ão, sem dúvida:
– Fizemos tudo isso… sacrificamos a economia brasileira (estamos nós mesmos, inclusive, no vermelho!); rasgamos as leis e a Constituição, demos golpe em Presidente eleita… para, agora…
– … desistiremos de todo esse nosso “investimento” – de anos! – e realizarmos tal “ativo” como perda? Entregando o poder de volta a Lula?
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Nada disso: a conta não fecha!
Mesmo porque as ordens vêm de fora!
A maioria dos analistas e lideranças políticas no Brasil peca – mortalmente (quase em sentido literal!) – por não situar a disputa político-econômica “local” (aspas!) no tabuleiro geopolítico/ estratégico… global!
Acorda minha gente!
– A transmissão ao vivo do nosso programa diário, o Duplo Expresso, foi derrubada quatro vezes nos últimos dias!
– Por uma rede social americana!
(Facebook)
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E por que todo esse interesse americano pelo Brasil?
Ora, os “gringos” não querem permanecer reféns do Oriente Médio. Desde os anos Bush Jr. os EUA traçaram para si como meta estratégica reduzir a dependência do petróleo dessa região, tão “conturbada”.
Os gringos sabem que “operar” no Brasil é bem mais fácil. É “estável”… não é um povo dado a grandes ondas de insubordinação civil coletiva organizada, a terrorismo, a guerra.
E o “melhor” de tudo:
– O petróleo fica no mar!
– Não tem nem gente perto!
De forma que podem lá colocar a Quarta Frota da Marinha americana, mandar os superpetroleiros gigantes estacionarem, em fila, e chupar, com canudinho, todo o “ouro negro” do Pré-Sal brasileiro. Despachando-o, ato contínuo, para a “matriz”. Diretamente. Sem maiores embaraços!
Muitos, até mesmo entre nós, enganam-se repetindo o mantra, falacioso, de que “não há petróleo de extração tão barata quanto o do Oriente Médio”.
Ora, o custo de extração do barril na região é caríssimo!
Não é, em absoluto, “US$ 2,00”, como tanto se repete…
Esse é apenas o custo nominal, direto, das petroleiras.
A ele tem que ser acrescentado, ainda, todo o custo indireto, referente à mobilização da máquina de guerra do Império na região:
– Guerras, episódicas (Afeganistão, Iraque, Síria); e
– Bases militares – perenes – para dissuasão/ “estabilização” do status quo regional. Arábia Saudita, Iraque, Afeganistão, Bahrein, Estreito de Ormuz, Chifre da África, Canal de Suez e, evidentemente, o patrocínio político-econômico-diplomático do Estado de Israel.
Tudo isso é caríssimo!
São trilhões de dólares do orçamento americano que têm de ser, portanto, computados no preço – digo, o real – do petróleo do Oriente Médio. É esse gasto, colossal, que permite a tal “extração a dois dólares” (aspas!) o barril.
Já no Pré-Sal brasileiro não há nada disso:
– A tecnologia já barateou e o custo de extração já se aproxima daquele da Península Arábica – atenção: do custo nominal!
– A qualidade do óleo é excelente.
– E, melhor de tudo, não há gente no mar!
– Pode-se já pegar o butim e despachá-lo, imediatamente, para “casa”!
– Sem complicações! E sem “base de apoio” cara a ser mantida!
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(de repente, inclusive, conseguem até mesmo “terceirizar” esse custo, ainda que mínimo, entregando as Forças Armadas locais a entreguistas “anticomunistas” – aspas! – da cepa dos Generais Etchegoyen/ Mourão/ Heleno, sempre preocupados com o tal “inimigo interno” – dos americanos!)
*
Por tudo isso, os EUA não permitirão – atenção: sem resistir – que Lula retorne ao poder.
E, no pacote, retome a Petrobras e o Pré-sal para o Brasil.
– Ora, o Golpe foi feito por causa do Pré-sal!
O “gigante” Brasil foi “apenas” mais um – enorme, concedamos – a sucumbir à célebre “maldição do petróleo”.
Ficamos todos exultantes – eu em primeiro lugar, acreditem – com a descoberta das reservas colossais na costa brasileira…
Mas…
Convenhamos: se não houvesse Pré-sal, muito provavelmente não teria havido Golpe. Ao menos não nesta geração política.
*
Como disse, os gringos sabem que o Presidente Lula representa a retomada da Petrobras e do Pré-sal para o Brasil. E, exatamente por isso, exercerão todo o seu poder de pressão sobre os seus agentes locais – Globo/ Judiciário/ bancos/ políticos da direita – para que impeçam Lula de concorrer. Essa gente, digo, os “brasileiros” entre aspas, tem “podres” – todos eles de pleno conhecimento da – competentíssima, concedamos – inteligência americana.
A começar por eles: Sergio Moro e os irmãos Marinho.
São todos reféns!
Mais do que uma suposta “afinidade ideológica” – tenazmente trombeteada, criando um (semi?) álibi político-midiático – o que impera é a necessidade de cumprir as ordens que chegam de fora. Sobrevivência é instinto humano!
Sobre tal condição, de reféns do Império, recomendo fortemente a leitura do artigo “Sergio Moro & Dario Messer, o doleiro: o elo ‘perdido’ – e explosivo – ligando Lava Jato e Bane$tado” (7/1/2018). Para meu orgulho – e para desgosto de Sergio Moro & Dario Messer – trata-se do mais lido de “toda” a minha carreira de articulista – ainda curta, concedo.
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Repito: são todos reféns, a começar por Sergio Moro!
(e pelos irmãos Marinho…)
Mas…
– … isso chega até o Supremo!
Por isso, somos nós, a resistência popular/ soberanista brasileira (sem aspas!), quem tem de fornecer o “álibi” para que esses reféns digam aos seus sequestradores, “louros de olhos azuis” (apud Lula):
– Olha, gostaríamos muito de cumprir as ordens dadas… vocês bem sabem, já à esta altura, o quão “solícitos” e “sensíveis” às suas “demandas” costumamos ser, não é mesmo?
– Contudo… nesta oportunidade… desculpem-nos, mas, infelizmente não haverá como, ok?
– Liguem na CNN e vejam vocês mesmos as ruas… estão em chamas!
Novamente: quem tem de fornecer a “desculpa” aos Ministros do STF somos nós, para que possam dizer aos americanos, dando de ombros:
– Lamentamos, mas não há condições, neste momento, de entregarmos a cabeça “do cara”.
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Aprendamos a lição justamente com um dos (melhores) gringos: Franklin Delano Roosevelt!
O ex-Presidente americano – o único a ter sido eleito para 4 mandatos! – celebremente disse a líderes sindicais que o visitavam após a sua primeira eleição:
– Concordo com vocês. Quero fazer o que reivindicam. Pois agora saiam e obriguem-me a fazê-lo.

Percebem?
Roosevelt pediu aos líderes sindicais que, jogando com a dinâmica (“dinâmica”!) de correlação de forças na sociedade, construíssem o álibi político para que o Presidente pudesse enquadrar os entraves conservadores que resistiam no aparelho do Estado: Legislativo e Judiciário.
– Isso é política!
O resultado?
– O New Deal e os “30 gloriosos”!
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Pois então…
Brasil de 2018…
– Diferentemente de Roosevelt com os sindicalistas, mesmo sem pedido expresso dos Ministros do STF (imagine!), tomemos nós mesmos as ruas – numa escalada (“escalada”!), a começar amanhã em Porto Alegre – e obriguemos essa gente a “permitir” (!) que o povo brasileiro exerça o direito, soberano, de escolher o seu próprio destino.
– Via sufrágio universal!
(e não via concurso público e – falsa – “meritocracia”)
– Incidentalmente, votando – se assim quiser! – em Lula para Presidente.
– Montado, evidentemente, na plataforma do Referendo Revogatório e do velho – mas sempre vencedor! – “o petróleo é nosso”.
(vide 2006, 2010 e 2014)
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Aliás, por falar em “velho” e “o petróleo é nosso”…
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P.S.: quando falamos em “sequestradores louros de olhos azuis”, que mantém cativos brasileiros morenos (uns mais outros menos) com esqueletos (e joias!) no armário, nem sempre se trata de exagero retórico!

– Será??
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