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10.6.17

Novo fenômeno: os "isentões" da esquerda



Novo fenômeno: os "isentões" da esquerda


Por Romulus

Vocês já conheciam o "isentão" colunista de política do Cartel Midiático, né?

Pois agora o "fenômeno" acomete o nosso lado, notaram?


"Não, não conheço essa expressão, não... o que que é um 'isentão'??"

Ah, pois nós explicamos no ano passado... olha aqui:




Bom, Nassif diz no post “Cristovam Buarque, o que foi sem nunca ter sido”, que a idade o deixou mais contido na maneira de criticar. Pode ser que um dia eu chegue lá.
Enquanto não chego, fulanizo sim a crítica e digo quem é a "notável" colunista politica sem noção mencionada de forma desidentificada no post.

Mesmo porque prometi à tal “notável” que o faria, ainda ontem à noite, depois de ver o seu disparate.

Como promessa é dívida...

*

Curioso o caminho dela...

Apesar de ter Merval Pereira como chefe, sempre se esforçou para ser "isentona" (o que é beeeeem diferente de "isenta"). Não sei se todos conhecem a definição...

Aliás, eu mesmo só aprendi o termo neste ano. Surgiu depois que eu já tinha saído do Brasil e precisei de explicador. Bem, o termo é novo, mas o conceito é velho e carcomido como o “jornalismo” feito nos 4 grupos da mídia corporativa familiar brasileira.

A ele:

>> "Isentão" é o jornalista que procura passar a impressão de isento fazendo críticas de mais ou menos o mesmo peso aos dois lados da disputa política. Ou seja: não se reflete a realidade. Se, numa escala de 1 a 10, o argumento de "A" vale 8 e o da parte contrária, "B", vale 2, em vez de criticar nessa proporção, o "isentão" vai manipular o texto de forma fazer com que se chegue a um 5x5.

A foto no dicionário que acompanha o verbete “isentão” é a dele:



O correspondente americano na Revista New Yorker para o Brasil, Alex Cuadros.

Pensa que ele se ofende ao ser chamado de poster child do “isentão”, como se diz na terra dele?

Que nada!

Até pouco tempo atrás, quando ainda morava no Brasil, a bio dele no twitter terminava com “100% isentão”.

A propósito, o tweet que está pregado no topo da timeline de Alex neste exato momento é um exemplo perfeito da tal da “isentonice”:



Traduzindo:

>> Eis a minha visão sobre o impeachment de Dilma. Pode não ser golpe [!!], mas certamente está em alguma zona cinzenta democrática [o que quer que isso signifique...]

Aliás, "alguma zona cinzenta" é exatamente onde o isentão mora. Nada - nada mesmo! - é preto ou branco. Tudo - tudo mesmo! - deve ser relativizado, matizado, ressalvado... ... ... (ad nauseam)



Cristiana Lobo nunca foi tão isentona quanto o Alex.
Afinal, existem (só?) "50 tons de cinza", não é mesmo?
Em vez do placar de 5x5, ficava num 6x4.

Não deixa de ser admirável, lembrando novamente quem é seu chefe.

MAS...

Bastou Temer tomar posse em definitivo, baixar o cacete nos manifestantes e avançar na escalada - sem precedentes - do patrimonialismo no uso dos poderes de Estado, para a ex-isentona virar 100% chapa branca.

Ou seja: o placar agora é 10x0 !

Em apenas uma noite - "de São Bartolomeu"? - virou o Jorge Bastos Moreno!

Isso sim é que é "lavar" a jato!

Pois vejam se não:

Não fui honrado com o contraponto do Jorge Bastos Moreno, digo, Cristiana Lobo.
Parabéns, Cristiana Lobo! Não só titio Merval ficou contente, como quem “assina o cheque”, o Min. Eliseu Padilha, também.

Não fique mais com insegurança jurídica. Cris!
Vivemos plena democracia, num Estado de direito onde vigem todas as garantias constitucionais:



Apenas estupidez ou soma-se a ela, que é certa, desfaçatez e certeza de que "a sangria [agora já está] estancada", posto que há "entendimentos com MinistroS do STF" e que "as Forças Armadas garantem"? (apud Romero Jucá, grampeado por Sérgio Machado)

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Voltando ao presente...

O “isentão” da esquerda não conhece um certo... Leonel Brizola??



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(1) alguém NADA isentona:




(2) A mídia... essa coisa confiável...




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E a nova rodada do "baile do acordão"? Cadê??

- Bem... era para hoje, mas...





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A França tá passando aqui do lado também...

- ... e eu nem "tchum"!







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A tese central do blog:



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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como "uma esquerdista que sabe fazer conta". Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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