Alerta "Tartufo": Estadão, jeca, passa recibo de pedantismo, falsa erudição
Por Romulus
- Em vez de uma aristocracia, na verdade temos no Brasil, tão somente, uma oligarquia. Composta por eternos “nouveaux riches”... de geração em geração (!).
- A “elite” (com aspas mesmo...) brasileira é jeca e pedante.
- Pedantismo e esnobismo não se confundem: o pedantismo é a tentativa ~frustrada~, fraudulenta, de esnobismo. Finge-se erudição que não se tem.
- Pois não é que os “quatrocentões” Mesquita, donos do centenário Estadão, demonstraram tudo isso mais uma vez?
- A "cruz" nas costas do Brasil: nossos “Tartufos”...
- ... e de ~província~!
*
Os leitores já sabem como costumo me referir à “elite” (entre aspas mesmo...) brasileira, não?
Para os demais, repeteco:
- 13/dez:
- 15/jan:
- 19/jan:
*
Pois bem.
Ainda sobre o editorial (pós-verdadeiro) do Estadão atacando, de forma virulenta, a Presidenta ~eleita~ do Brasil, Dilma Rousseff:
É comum associar os idiomas ao maior escritor de cada um deles.
Assim, diz-se, por exemplo, que:
- o inglês é “a língua de Shakespeare”;
- o italiano, a de “Dante”;
- o alemão, a de "Goethe";
- o alemão, a de "Goethe";
- o grego, a de “Homero”;
- o latim, a de “Virgílio”; e
- o português... a “língua de Camões”.
*
Para ficar em casa, por que “Camões”?
Por que não Pessoa, Eça, Machado, ... ?
Ora, porque, “certo” ou “errado” (avaliação subjetiva da arte literária), ~convencionou-se~ “Camões”.
Portanto...
<<~convenção~ que é, só encontra razão de ser quando o emissor e o receptor da mensagem que a utiliza possuem, ~ambos~, conhecimento dela>>
<<Fora disso, o uso da convenção é:
pedantismo; ou
esnobismo>>
Notem:
<<Pedantismo e esnobismo não se confundem: o pedantismo é a tentativa ~frustrada~, fraudulenta, de esnobismo>>
Ou seja, é quando se finge ter uma erudição que, na realidade, não se tem.
*
Voltando ao início do post:
<<Costumo dizer que a “elite” (de novo, aspas...) brasileira é “jeca e pedante, por fingir falsa erudição”...>>
<<Que em vez de uma aristocracia, temos, na verdade, uma oligarquia, composta por “eternos nouveaux riches... de geração em geração”>>
<<Pois não é que os “quatrocentões” Mesquita, donos do centenário Estadão, provaram isso mais uma vez??>>
Senão vejamos:
Para fustigar a Presidenta Dilma, por supostamente falar mal o francês, os Mesquita, no seu ~pedantismo~, acabaram por demonstrar que o francês deles (??) tampouco é lá essas coisas...
- Do editorial:
Esqueçam a pós-verdade dos “apresentadores [ora, era apenas um!] com dificuldade de manter a compostura” (sic).
Sobre o apresentador, eu - que fui quem, afinal, subiu o vídeo para o youtube, assim possibilitando a sua visualização pelo autor do editorial! - disse:
O “desconcertado” (?) âncora reconheceu até mesmo - ainda durante a entrevista! - a ~altivez~ de Dilma, registrando que se tratava de “uma mulher de personalidade forte”:
- Une femme de caractère!
(rs)
*
Fraude desmascarada
Mas...
Como falei acima, o importante não é (esta...) pós-verdade. E sim o ~pedantismo~ do editorialista.
Pedantismo esse que, agora, desmascaro.
O editorial refere-se ao francês como “a língua de ~Victor Hugo~”, certo?
Ocorre que...
~Em francês~, a associação dessa natureza que se faz - por convenção... - é a...
- ... Molière!
Não a Victor Hugo!!
Repetindo-me:
~convenção~ que é, só encontra razão de ser quando o emissor e o receptor da mensagem que a utiliza possuem, ~ambos~, conhecimento dela. Fora disso, o uso da convenção é: pedantismo; ou esnobismo.
No caso, a ~tentativa~ (frustrada...) de esnobismo revelou, na verdade, o ~pedantismo~ dos Mesquita.
Ou seja: a fraude... a sua ~falsa~ erudição!
*
A hashtag pros Mesquita?
#JECA
*
Mato a cobra e mostro o pau
Ora, e como é que ~eu~ sei disso?
Nenhum mérito pessoal em particular, lamento informar...
Apenas o fato de morar num país (também...) francófono e estar exposto à cultura da vizinha França. E, consequentemente, às suas ~convenções~ idiomáticas – como o epíteto...
- ... “língua de Molière”.
E ocorre que...
- ... por acaso (existe “acaso”?), estou eu assistindo ao principal telejornal ~da França~ ontem à noite (“Journal de 20h”, da TV pública ~francesa~), quando surge reportagem sobre a nova polêmica xenofóbica da vez...
- ... a tal de “cláusula... ~Molière~”.
E do que se trata?
Justamente, das iniciativas dos governos locais ~da direita~ de exigir que candidatos a pedreiro nos canteiros de obras públicas sejam fluentes no...
- ... ~francês~
*
Prova:
Olha ~ela~ aí:
*
- “Cláusula Molière”?
- Fluência no francês?
Bem, pelo visto...
<<~Fora do Brasil~ os Mesquita não podem sequer se candidatarem a vaga de pedreiro!!>>
*
E a Dilma?
Pode?
Bem, por ora não saberemos a resposta...
- ... ela anda muito ocupada:
*
E qual a hashtag para a Dilma?
#FemmeDeCaractère
#DilmaWorldTour
#BeijinhoNoOmbro (pras ~recalcadas~)
Late mais
alto que daqui eu não te escuto
Do
camarote quase não dá pra te ver
Tá
rachando a cara, tá querendo aparecer
Não sou
covarde, já tô pronta pro combate
Keep Calm
e deixa de recalque
O meu
sensor de periguete explodiu
Pega sua
Inveja e vai pra… (Rala sua Mandada)
Beijinho
no ombro pro recalque passar longe
Beijinho
no ombro só pras invejosas de plantão
*
Moral da história
Para ficar em referências culturais estrangeiras, caro editorialista do Estadão:
*
E por falar em Molière...
A "cruz" nas costas do Brasil:
- “Tartufos”...
- ... e de ~província~ !
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"Mil palavras"...
- “Finesse” quatrocentona.
- Altivez.
- O autor de “Tartufo”, patrono, ~por convenção~, da língua francesa (e não Victor Hugo...).
- Quem ri por último...
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Leia mais em:
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Atualização:
E mais:
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Atualização 17/3: bate bola do Núcleo Duro
Romulus: é por isso que brinco que recebo uns "recados de fora da Matrix".
O "acaso" fez ir ao ar a reportagem naquele dia, dando o pau pra matar a cobra (e mostrar depois). rs
Giselle: Coitados dos jecas... serem comparados com essa gente tão vil. Rs
João Antônio: Interessante isso de o francês ser a língua de Molière. Imaginava que fosse atrelada a algum autor mais antigo, tipo Montaigne ou Rabelais. Não passaria no teste também...
Patricia: Hoje abro o face e olha o que esta na minha pagina: um vídeo da Dilma numa entrevista que viralizou entre os coxinhas. Será desse que o Estadão tá falando?
Dilma Rousseff falando francês: é rir pra não chorar
YOUTUBE.COM
Os coxinhas que me desculpem mas VEXAME é um presidente falar que saiu do palácio por medo de fantasma...
Romulus: Sim... todos os coxinhas estão compartilhando isso.
Mas não é desse que o editorial está falando não.
Isso aí foi a fala no tal festival de cinema de direitos humanos. Não programa de televisão. Programa de TV só teve aquele mesmo.
São tão canalhas que cortam o vídeo antes dos vigorosos aplausos da plateia, reconhecendo o "esforço" de Dilma, como ~ela mesma~ registra no final.
Mas pós-verdade é assim mesmo... como registrei no outro dia:
- João Antônio, provavelmente a vinculação a Molière está relacionada à criação da Academia Francesa, por Luis XIV, que tem como missão, justamente, "proteger a língua francesa". Fazendo o dicionário, premiando obras literárias, etc.
Molière é membro fundador.
E sobre “passar (ou não) nesse teste”...
Quem passaria?
Quantos no Brasil?
Quantos mesmo na (chamada...) “elite” brasileira??
Esse é o ponto: o pedantismo dessa “elite”, que lê best-seller de auto-ajuda, tipo “O Segredo”...
e arrota...
- ... Victor Hugo.
Rs
Você, diferentemente da nossa elite jeca e pedante (desculpem-me nossos maravilhosos jecas genuínos!) não é um...
<<Defraudador pseudo-intelectual... não faz tipo... não é um poser>>
<<Será que esse editorialista ao menos leu algum livro de Victor Hugo?
Ou...
bastou assistir “Os Miseráveis” na...
Broadway??>>
bastou assistir “Os Miseráveis” na...
Broadway??>>
Se ele soubesse, ao menos, quem foi Victor Hugo na sociedade francesa do Séc. XIX, no debate político, pensaria duas vezes em usá-lo como referência.
Victor Hugo, certamente, sorriu lá de cima com o esforço simpático de Dilma de falar algumas frases na ~sua~ língua.
Justo Dilma, com quem tem muito mais afinidade do que com esse detrator fraudulento - e frustrado:
Exílio de 20 anos por sua oposição ao conservador Segundo Império, de Napoleão III...
(e Dilma presa aos 19, na luta e com os mesmos ideais)
A referência a Victor Hugo mostra um pedantismo duplo:
(e Dilma presa aos 19, na luta e com os mesmos ideais)
A referência a Victor Hugo mostra um pedantismo duplo:
<<Além de usar a convenção idiomática errada, sequer sabe quem foi Victor Hugo, que NADA tem a ver com a posição editorial do Estadão>>
*
Tania: Ótimo! Mas será que vão entender o que está escrito ali sobre Victor Hugo? Duvido. Provavelmente vão recorrer ao tradutor eletrônico rs.
Romulo: (para isso mesmo deixei o link além do print...)
Mas nunca vão admitir, né? rs
Tania: como os comuns dos mortais que não leem em francês - como a Dilma lê hehe.
Romulo: Um tempo atrás o Nassif escreveu uma coluna muito boa... em que observava o gosto - na mídia e do povão nos grupos de whatsapp - de compartilhar e rir de "burrices" (??) da Dilma (como "que nuvem é essa?" (servidores); "estocar vento" (energia eólica)).
Coisas que estavam absolutamente corretas tecnicamente e eram compreensíveis - para quem não tinha má-fé, má vontade ou ignorância.
Mas rir da "burrice da ~PresidAntA~" automaticamente torna quem o faz "mais inteligente" que a chefe do Estado.
Né??
E fecho com o bis da Valesca:
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