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Estado brasileiro na encruzilhada. Já sabemos o que a Globo quer... e você?

Queria poder dizer que criei esta montagem, mas não... recebi de um seguidor no Facebook, como comentário a um artigo anterior. rs ...

17.3.17

"Hollande, o mal amado": comentário


"Hollande, o mal amado": comentário







(Continuando...)

O affair Cahuzac podia ter custado o mandato de Hollande, como com Dilma, podiam falar que ele sabia de tudo. A sorte de Hollande é que Sarkozy não é um Aecim, Jean Marc Ayrault não é um MT, e o presidente da Assemblée Nationale não é o Eduardo Cunha. Senão, um impeachment francês tinha acontecido no segundo ano de Hollande (se existisse impeachment na França).

Mas ao invés disso ele criou o parquet national financier, uma corte de juizes e procuradores pra investigar sobre crimes econômicos e financeiros.

Dilma deu isenção de impostos aos empresários e ele deu 40 bi de euros às empresas pra que criassem "1 milhão de empregos". Sem exigência de contrapartida (garantida)?

Essa guinada ao MEDEF lhe custou um ministério que ia razoavelmente bem... Hamon, Duflot, Ayrault, Montebourg!

Por Macron , um Levy da vida?

Essa a análise que o documentário faz do comportamento dele: que foi se isolando, que ele está o tempo todo sozinho e conforme o tempo vai passando ele se isola cada vez mais, ele não escuta ninguém, as pessoas falam mas ele não escuta, ele é insensível e impermeável a "tudo"...

Esse discurso te soa familiar??


*


Muito familiar, Patrícia... ótimo comentário e contextualização.

É outra coisa ouvir de quem viu e viveu tudo isso de perto...

Também me chamou a atenção o fato de ambos - Dilma e Hollande - terem sido traídos pelos respectivos sindicatos empresariais - FIESP e MEDEF.

Ambos deram bilhões de isenção fiscal e, em ambos os casos, os empresários não cumpriram as contrapartidas de emprego/investimento acordadas (mas sem obrigação legal de, p.e., devolver a grana).

Como vemos, o aprendizado econômico de que subsídios são ineficientes para relançar a atividade econômica numa recessão não se deu apenas no Brasil.

Além disso, dando os anéis à direita, na hora do "pega pra capar", tinham alienado a sua base social e ficaram vulneráveis, numa conjuntura dificílima - aprendizado político.

Num país maduro institucionalmente como a França, isso resulta na...

- ... impossibilidade de o presidente em exercício se candidatar à sua própria sucessão, por sua inviabilidade eleitoral.

No Brasil...

- ... golpe!

Como vc bem nota:

"A sorte (da França) é que Sarkozy não é um Aecim, Jean Marc Ayrault não é um MT, e o presidente da Assemblée Nationale não é o Eduardo Cunha".

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