6.10.17

Vitória: pautamos a blogosfera no (falso) tema “MBL moralista” – viva!

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(Deselegante canto de...) Vitória: pautamos a blogosfera no (falso) tema “MBL moralista” – viva!

Por Romulus

Tô super feliz de o Blog estar pautando o “lado de cá” do mercado de opinião com relação ao rebranding – safado – do MBL.


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Como recomendei em 18 de setembro, em vez de entrar na “discussão” – entre aspas mesmo! – de fundo com o MBL – e o Alexandre Frota! – em postagens sumárias de rede social....


(brigando pela mesma quantidade de "likes"/ "clicks"/ "share" conquistados por Kim Kataguiri, só que com “sinal (político) trocado”!)


- ... veículos como Justificando, Carta Capital, El País e Le Monde Diplomatique (ver vídeo e matérias mais adiante), entre outros, e também “personalidades de rede social” vêm preferindo apontar para o rebranding em si, bem como para as razões que levaram a ele – na “pegada meta” que eu propus.


Ótimo!


Não cobro royalties...


(se bem que mencionar fonte não cai a mão, sabe...
Pessoas seguras de si não têm problema em reconhecer o valor alheio! 😉)


E o meu objetivo ao escrever sobre esse tema – que TANTA dor de cabeça me gerou – num Blog que, por falta de escala e aptidão, contenta-se em não visar ao “varejo” do mercado de opinião mas ao “atacado”...


(formadores de opinião, jornalistas, lideranças políticas, intelectuais, acadêmicos, "influenciadores digitais", lideranças na militância, etc.)


- ... era justamente esse: pautar a resposta no "varejo", atraindo-a para o que considero politicamente mais conveniente.


- E, ao mesmo tempo, afasta-la de alguns “sequestros”.


(interessados)


“Politicamente mais conveniente” de um ponto de vista MAJORITÁRIO.


Como ousei apontar aqui no Blog, do ponto de vista “minoritário”/ (eleição) “proporcional”, certamente o interessante seria, deliberadamente, morder a isca, polarizar com o Frota (!) e “brilhar” pelo contraste.


Certo?


Peço desculpas a esses por ter interditado a “passarela” - armada pelo MBL!, logo na hora do close no rosto deles...


(- ... Mr. Demille!)


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Mas...


O BRASIL é (um pouquinho) maior do que 3 ou 4 cadeirinhas na Câmara dos Deputados...


– ... e respectivos cargos de assessoria (!)


(mesmo porque, como também ousei apontar, a luta política MINORITÁRIA NADA ganha, concretamente, com essa polarização – muito pelo contrário.
Quer dizer...
Nada ganha para além das 3 ou 4 cadeirinhas + assessorias!)


O Brasil (também) é maior do que uma “janela de oportunidade” para brilhar nas redes sociais (sempre elas...) mostrando (para a fan base...) o quão espirituoso se é... o quão rápido no raciocínio e capaz na fina arte da ironia e do sarcasmo.


(que eu adoro!)


O Brasil é (ainda...) maior do que uma “vitrine”, definitiva!, (nas mesmas redes sociais...) para toda a erudição e conhecimento de História da Arte que se acumulou estudando a evolução do Eros na arte ocidental desde as Vênus lascivas do PaleolíticZZzzzZZZzzz.... 😴




(Mentira:
- esse “ZZZzzzZzzZZZzz” aí em cima é puro espezinhar!
[coisa de mau... ganhador!]
Eu acho tudo isso SUPER interessante!
Mas esse é o problema: esse sou... EU!
E EU sou...
[o privilegiado membro de uma...]
... MINORIA!
E não só sei disso como... ACEITO!
E não só aceito como quero... ir ALÉM disso!
Principalmente na ação política!
[majoritária!]
Capiche??)


*


Mais um CQD para Cassandra: MBL importa o “pacotão” neocon dos EUA
- Viabilidade eleitoral obriga


Dissemos aqui em 18/9 último:


(…)


P.S. - O oportunismo “neocon” do MBL ao iniciar a "onda"


O MBL, sem nenhuma surpresa (ou originalidade) maior, resolve replicar, no Brasil, o “pacotão” completo do “conservadorismo americano”.


Da Wikipedia:


American conservatism is a broad system of political beliefs in the United States that is characterized by respect for American traditions, support for Judeo-Christian values, moral absolutism, economic liberalism, anti-communism, advocacy of American exceptionalism, and a defense of Western culture from threats posed by "creeping socialism", moral relativism, multiculturalism and liberal internationalism. Liberty is a core value, with a particular emphasis on strengthening the free market, limiting the size and scope of government in the economy, and opposition to high taxes and government or labor union encroachment on the entrepreneur. American conservatives consider individual liberty, within the bounds of conformity to American values, as the fundamental trait of democracy, which contrasts with modern American liberals, who generally place a greater value on equality and social justice.


Evidente, ora!


“Arrocho” não dá ibope!


(ou voto!)


Pelo contrário: tira!


Por isso, a única maneira de empurrar goela abaixo do brasileiro...


(que, à diferença do americano, adora Estado - à esquerda e à direita!)


– ... a agenda amarga de “austeridade”...


(aspas! - "austeridade” e “Estado mínimo”, sim... mas para QUEM??
Para todos os segmentos da sociedade?
Ou “mínimo” para uns justamente para poder ser “MÁXIMO” para outros??)


- ... é forçar a “VENDA CASADA” do neoliberalismo com a pauta conservadora em “valores sociais”/ “comportamento”.

(“valores” / temas "morais" – p.e., direito ao aborto e à eutanásia, descriminalização das drogas; direito penal mínimo; proteção e promoção de minorias – e.g., negros, mulheres e LGBTs; multiculturalismo / anti-xenofobia)


Isso porque essa pauta conservadora, gostemos ou não disso, ao contrário da austeridade, DÁ, SIM, VOTO.

E muito!


*


Ou, na tradução em vídeo para os impacientes millennials, de ontem no Justificando:




*


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- Né??


😉 😉 😉


*


Pois então...


Olha aí o Kim Kataguiri, em pessoa, confirmando a minha suposição:


(ver parte grifada)


O GRUPO DA MÃO INVISÍVEL: DOIS MESES DE CONVERSAS NO WHATSAPP DO MBL
POR BRUNO ABBUD
3 DE OUTUBRO DE 2017 15:13
REVISTA PIAUÍ


Na última terça-feira de julho, uma mensagem apitou no celular de Kim Kataguiri, principal líder do Movimento Brasil Livre. Conhecido nacionalmente como a face pública do MBL, ele acabara de ser incluído em um grupo de WhatsApp chamado “MBL – Mercado”. A cúpula do grupo – que ganhou notoriedade nas redes sociais clamando pelo impeachment de Dilma Rousseff – também estava lá: os irmãos Renan e Alexandre Santos, o vereador democrata de São Paulo Fernando Holiday, o youtuber oficial do movimento e dono do canal “Mamãe Falei”, Arthur do Val, e Pedro Augusto Ferreira Deiro, também conhecido como o funkeiro Pedro D’Eyrot. O grupo, criado por um entusiasta do MBL, serviria como interface entre o movimento e executivos de médio e alto escalão do mercado financeiro – pelo menos 158 funcionários de instituições como Banco Safra, XP Investimentos e Merrill Lynch. Objetivos iniciais: levantar dinheiro para financiar o MBL e levar as pautas dos executivos às discussões públicas e aos encontros a portas fechadas que os membros do MBL teriam com políticos e lideranças nacionais. Contudo, muito mais seria dito.


A piauí teve acesso ao histórico de conversas do dia 25 de julho (13h49) até a última quarta-feira, 27 de setembro (20h25). As trocas de mensagens durante esses dois meses renderam 685 páginas de bate-papo que tratam de temas como saúde, segurança pública e educação. Os debates acalorados aconteciam, no entanto, quando o grupo falava de seu principal assunto no momento: o PSDB. Em meio a uma guerra fria entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulistano, João Doria – que disputam nas coxias o cargo de candidato à Presidência da República no próximo ano –, o partido é tratado como um território a ser pilhado pelo MBL. O movimento quer drenar parte das jovens lideranças tucanas – as quais chamam de “cabeças pretas” –, deixando os decanos do partido – os “cabeças brancas” – à deriva.


“A ideia é deixar todo esse povo podre afundando com o psdb e trazer a galera mais Jovem e liberal pro mbl”, respondeu Kim Kataguiri em 22 de agosto a um participante temeroso de que o grupo se juntasse ao tucanato. Outro líder do movimento, Alexandre Santos, emendou: “Mas não estamos nos juntando ao PSDB. Muito menos ao Aecio, Beto Richa e Alckmin.” Ao serem questionados se o MBL teria “algum preconceito com pessoal mais velho”, referindo-se aos tucanos mais antigos, Kataguiri teclou: “Com os do PSDB temos preconceito, conceito e pós-conceito. São pilantras.” No dia seguinte, Renan reforçou, em um áudio enviado ao grupo: “Não bastava a gente tirar o PT do poder, estamos destruindo o PSDB ali, essa ala de esquerda tá desesperada, estamos pegando os melhores nomes deles e, ou eles vão sair, ou eles acabam fortalecendo e tomam partido e tiram essa esquerda aí. Mas a esquerda do PSDB tá desesperada, e não para de vir novas lideranças do PSDB pro time. Doideira. Bom dia, aí.”


Os alvos principais no partido são os senadores Aécio Neves e José Serra, e também o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.


Serra surge nas conversas no dia 22 de agosto, quando se alinhou ao senador petista Lindbergh Farias pela suspensão das discussões sobre a nova taxa de juros do BNDES, mais alta que a atual, desejada pelo governo Temer e encampado pelo MBL. Farias e Serra tentaram protelar a votação da Tarifa de Longo Prazo (TLP) até que ela caducasse sem ser apreciada. Em áudio, Renan Santos comentou: “E ontem o Serra, por exemplo, que é dessa ala de esquerda, tava com o Lindbergh Farias indo contra o TLP, imagina? Vagabundo.” Logo recebeu apoio: “Vagabundo mesmo Renan”, disse um membro. “PSDB e Serra ontem morreram para mim. Carga total no Novo/MBL/VPR e Doria”, disse outro. A TLP seria aprovada dias depois.


Aécio Neves aparece no dia 5 de setembro, quando um participante postou a seguinte mensagem em relação à operação que flagrou o senador mineiro, em grampo, pedindo 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista, da JBS: “E o Aecio… dispensa comentários… Que termine o mandato e seja encarcerado na sequência…” Renan Santos respondeu: “Tb acho”, disse. Mas justificou o que prenunciaria uma mão leve nas críticas públicas feitas pelo MBL ao senador: “Só não vamos alterar a configuração atual das forças políticas nem fornecer uma narrativa que favoreça o ressurgimento da esquerda enquanto isso. Essa é a tônica do que defendemos.”


Alckmin é citado quando um membro comenta a notícia, veiculada em 27 de setembro, de que o ex-ministro dos governos Lula e Dilma e ex-deputado federal Aldo Rebelo seria o vice do governador de São Paulo em uma eventual disputa pela Presidência da República. Os irmãos Santos trocaram mensagens. Alexandre escreveu: “Aldo Rabelo é fim de linha. O bom é isso sepulta de vez o xuxu.” Renan respondeu: “Po. vamos torcer.”


As críticas ao PSDB deixam os inimigos tradicionais do MBL como coadjuvantes no ringue. Não faltam, é claro, porretadas em Dilma, em Lula, no PT, no PSOL, em Marina Silva e na Rede. Mas outros possíveis adversários aparecem com mais destaque: Jair Bolsonaro (“tosco”, “ignorante”, “sem noção”, “inadmissível”) e Luciano Huck – que, caso saia candidato, poderia “diluir o voto da direita”, enfraquecendo Doria. “Ele é piada”, disse Renan Santos. Quinze minutos depois, completou: “Huck é lixo. Politicamente correto, desarmamentista, ambientalista de boutique, intervencionista.”


O esvaziamento do PSDB engendrado pelo MBL no grupo de WhatsApp parece ter como objetivo final tirar o prefeito de São Paulo, João Doria, do partido. O apoio à candidatura de Doria dá o tom em várias conversas durante os dois meses de debates. No dia 5 de agosto, o movimento produziu um vídeo e postou nas redes sociais, compartilhando no grupo fechado logo em seguida. O título: “Que coisa feia, prefeito… Kim Kataguiri detona racismo e xenofobia de João Doria.” Sem assistir ao vídeo, alguns membros se mostraram preocupados com o título polêmico que parecia uma crítica ao prefeito. Alguém tratou de jogar panos quentes: o título era, na verdade, irônico – seu conteúdo era amplamente favorável a Doria.


Não convencidos, participantes questionaram se aquele tipo de ação não causaria mal-entendidos nas redes sociais (“Aposto que tem gente de esquerda compartilhando o video sem ver, achando que a crítica é realmente ao Doria…”, alertou um). O líder Renan Santos respondeu, com duas mensagens: “Esse tipo de chamada em video e noticias, como um clickbait, funciona legal. Seria uma estratégia babaca se o vídeo não fosse bem humorado, mas a ideia justamente era fazer algo leve. O Doria adorou kkk.”


No dia 16 de agosto, quando comentavam sobre a possível trucagem engendrada pela Rússia nas eleições dos Estados Unidos, um participante teclou sobre a consultoria política Cambridge Analytica, que teria usado bases de dados disponíveis na internet para influenciar a eleição de Trump e a saída do Reino Unido da União Europeia. Mesmo diante da postura cética de alguns membros, o participante enfatizou: “Isso é muito sério, gente. E podem ter certeza que vai ser usado aqui em 2018. Só espero que o Doria ja tenha fechado contrato de exclusividade com a Cambridge analytica. Rss.”


Três dias depois, quando o prefeito de São Paulo disse publicamente que aceitaria se candidatar à Presidência pelo PSDB, outro participante comemorou: “Go Dória.”


No fim da tarde do último domingo de agosto, Renan Santos mandou uma mensagem em tom definitivo para o grupo que ansiava por uma decisão do prefeito paulistano: “Jd será candidato”, teclou, referindo-se a João Doria, sem, no entanto, citar a fonte da informação. Alguém respondeu: “Dória e ACM Neto é o gabarito.” Em outras três mensagens, Santos continuou: “Com ou sem psdb. A aliança q pode lhe eleger está no pmdb dem evangélicos agro e mbl. Nosso trabalho será o de unir essa turma num projeto comum.” E completou, menos de meia hora mais tarde: “Espero, de coração, q a tese q a gente defende (aliança entre setores modernos da economia + agro + evangelicos) seja aplicada. É a melhor forma de termos um pacto politico de centro-direita, q dialoga com o campo e com a classe C.”


Se no grupo fechado o MBL garantia que estava trabalhando para roer o PSDB por dentro, publicamente a postura do grupo era diversa. Em fins de setembro, o movimento disparou no Twitter: “Tem ninguém aqui querendo rachar a direita”, dizia a mensagem, para seus 91,5 mil seguidores. E completava: “Uma pena que tenha gente querendo destruir o MBL com facada nas costas.”


As conversas ajudam a elucidar, mesmo que parcialmente, um dos maiores mistérios que cercam o MBL: como o grupo se financia. “O MBL não está exatamente nadando em dinheiro. Os caras precisam ir pra Brasília de ônibus”, disse o criador do grupo de WhatsApp e entusiasta do movimento em 27 de julho, dois dias depois de iniciada a troca de mensagens. A partir daí contribuições se tornaram assunto recorrente.


Uma planilha foi criada para que os integrantes do “MBL – Mercado” registrassem seus dados e o valor das doações. No início da tarde de 9 de agosto, uma quarta-feira, um deles anunciou: “já mandei 15 mil e vou mandar mais”. “Opa! Foi hoje?”, respondeu Alexandre Santos, no mesmo minuto. “Hoje não mandei, vou mandar mais tarde. Os 15k mandei faz um mês.” Com a ajuda de integrantes que atuam como arrecadadores (enviaram 12 vezes o link com a planilha), a tática de convencimento pessoa a pessoa ficou aparente.


De tempos em tempos, a evolução dos aportes foi sendo informada pelos participantes. E as mensagens serviam como uma espécie de livro-caixa do MBL naquele grupo: em duas semanas, foram arrecadados mais de 50 mil reais, reforçados, aparentemente, por um evento presencial. Além das contribuições esporádicas, os integrantes descreveram uma receita fixa mensal que, no período das conversas, só cresceu. Também na quarta-feira, 9 de agosto, um balanço da planilha feito pelos integrantes indicava que um punhado de apoiadores já doavam, somados, 2 380 reais todo mês. No dia seguinte, já eram 5 780 reais fixos por mês na soma de todos os apoiadores.


A tabela de Excel que fazia as vezes de livro-caixa passou dias sem registrar novos doadores, o que incomodou um dos participantes. No dia 17 de agosto, logo cedo pela manhã, ele decidiu pressionar os demais. Escreveu: “Agora, sem querer dar uma de moderador chato, tem um pessoal que ta cagando pra preencher essa xls. tudo em branco ainda. xls ja ta aqui faz quase tres semanas. das duas, uma: ou quem nao preencheu nao lê esse grupo faz semanas e nao viu o pedido pra preencher, ou simplesmente ta cagando mesmo pro mbl rs. em ambas as hipóteses, acho que a pessoa nao deveria estar aqui. right?”


E voltou à carga, 15 minutos depois: “Acho que temos graus de afinidades diferentes no grupo, nem por isso penso em excluir os que ainda não se sentem 100% prontos para contribuir de forma efetiva. Se não conseguirmos mostrar o valor dessa parceria entre nós que estamos alinhdos, sinal que estamos fracos contra os reais adversários, e gosto da ideia de ter o contraponto “razoável” aqui dentro… mas claro, alguma hora, cada um tem que tomar a decisão: avaliou, discutiu, pensou… entao ou se engaja mais ou abre espaço pra outro.”


A pressão funcionou. No dia seguinte, as doações de 37 integrantes já somavam 8 510 reais mensais.


Para formar uma espécie de distinção entre seus membros, o MBL criou nomes que seriam dados conforme os valores depositados mensalmente. A maioria dos participantes optou pelo plano “Mão Invisível”, de 250 reais por mês, o que garante ao doador a participação em jantares e reuniões. Outros planos receberam nomes como “Agentes da CIA” (30 reais por mês), “Exterminador de Pelegos” (500 reais mensais) e “Privatiza Tudo” (5 mil reais todo mês). Esses, pagos via PayPal.


As trocas de mensagens renderam também outro tipo de auxílio nas despesas do movimento: a transferência de milhas aéreas não usadas pelos executivos, para utilização em viagens dos integrantes do MBL. Outra planilha também foi criada para o controle. “Era legal você ter acesso a isso”, disse Alexandre Santos a Kim Kataguiri. Em menos de um dia, 400 mil milhas foram doadas e, em um mês, dezessete pessoas haviam doado 959 mil milhas, segundo a troca de mensagens – ou, mais de 20 mil reais, pelas contas de um dos integrantes, com base em passagens aéreas de São Paulo a Brasília. “Muito obrigado pelas milhas, pessoal! Vou sentir saudade das garrafinhas de água e dos biscoitos cream cracker do busão”, escreveu Kataguiri.


Opresidente Michel Temer é citado 76 vezes no grupo. Pelas conversas, o MBL – que foi uma das maiores forças para derrubar Dilma – tem uma relação utilitarista com o político: não o defende abertamente, mas se utiliza do poder de pressão para aprovar a agenda política, cultural e econômica do movimento.


No dia 2 de agosto, um membro postou uma notícia informando que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já tinha quórum para votar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, que acusava Temer de corrupção passiva. Nenhum líder do MBL respondeu. Duas semanas depois, um participante comentou em três mensagens distintas: “Reunião com Deputado federal do DEM agora. Disse que governo Temer precisa focar em reforma da previdência na divulgação nas redes sociais. Precisam de ajuda na comunicação para população entender.” Um minuto depois, Renan Santos, do MBL, se prontificou: “Já estamos, soltamos dois videos.”


No dia 21 pela manhã, uma segunda-feira, um participante perguntou: “O MBL vai participar do protesto este domingo?”, referindo-se a uma marcha contra a corrupção convocada por movimentos sociais e sites ligados à direita, que aconteceria no dia 27. Quinze minutos depois, Kim Kataguiri respondeu: “Não vamos. Achamos que é um tiro no pé, não há clima para mobilização, qualquer que seja a pauta.” Um mês depois, durante uma discussão sobre reformas, Renan Santos disparou, possivelmente referindo-se a Temer: “E é o seguinte: vamos tentar botar pra frente essa previdência. Ainda da tempo. O zumbizão ta lá pra isso kkk.”


*


Outros veículos que aderiram à (nossa) pauta


'Liberal', MBL oscila entre o Estado mínimo e o conservadorismo moral
por Débora Melo
publicado 20/09/2017
CARTA CAPITAL


Boicote à exposição Queermuseu, que aborda diversidade sexual, aponta avanço do Movimento Brasil Livre sobre a moral e os costumes
Tomaz Silva / Agência Brasil
rotesto
Antes focado na pauta anticorrupção, o MBL diversificou a sua agenda "liberal"


O encerramento precoce da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira pelo Santander Cultural de Porto Alegre foi encorajado por uma campanha de boicote ao banco promovida pelo Movimento Brasil Livre (MBL) nas redes sociais. Com o argumento de que as obras ofendiam a fé cristã e faziam apologia à pedofilia e à zoofilia, o movimento que se diz “liberal” atacou a mostra, que contava com o trabalho de artistas como Candido Portinari, Lygia Clark, Alfredo Volpi, Adriana Varejão e Bia Leite.


Curvando-se à pressão, o banco Santander suspendeu a exposição que abordava a diversidade sexual e tinha estudantes como público-alvo.


Com poder e influência cada vez maiores, o MBL diversificou a sua pauta e não se limita ao discurso do liberalismo econômico e seus ideais de Estado mínimo e livre mercado. Agora, o movimento que ganhou projeção nacional com a defesa do antipetismo e de uma suposta bandeira anticorrupção tem se aventurado a debater moral e costumes. Entre as pautas abraçadas pelo MBL está, por exemplo, o projeto Escola Sem Partido e o combate à discussão de gênero nas escolas.


“Ainda que eles defendam uma ideologia liberal e invoquem autores como [Ludwig Von] Mises e [Friedrich] Hayek, eles mantêm proximidade com militantes e lideranças do campo conservador. Então eu diria que, hoje, o MBL é um movimento liberal-conservador”, afirma a cientista política Camila Rocha, doutoranda na Universidade de São Paulo (USP).


“O boicote à exposição Queermuseu é um indicativo desse conservadorismo. Eles dizem ser contra o patrocínio do Estado a inciativas culturais, mais especificamente a iniciativas culturais que eles identificam como ‘de esquerda’ ou que promovam valores ligados à diversidade sexual, e para isso utilizam uma justificativa conservadora, de que a mostra incentiva a pedofilia e a zoofilia”, continua Rocha, que atualmente pesquisa estratégias de think thanks liberais na América do Sul.


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'Travesti da lambada e deusa das águas', obra da artista Bia Leite


Para Maria Cristina Castilho Costa, professora da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP e autora do livro Censura em Cena: Teatro e Censura no Brasil, o caso do Santander é emblemático porque expôs uma série de fragilidades dos processos de produção artística e incentivo no País.


“Esse é o problema de o Estado abrir mão de sua função de gestor das artes e da cultura. Eu não sou absolutamente contra nenhum tipo de financiamento, uma parceria público-privada pode funcionar em áreas onde há convergência de interesses, mas há certas áreas que precisam de um incentivo estatal", afirma Costa.


Em sua coluna na Folha de S.Paulo, o professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP Pablo Ortellado analisa o modus operandi do MBL e conclui que o grupo tem centrado esforços nas “guerras culturais”, nome dado à disputa entre conservadores que defendem uma autoridade tradicional que puna o desvio da norma e progressistas que preferem uma autoridade diluída e valorizam a diversidade, diz o professor.


Entre as bandeiras adotadas pelo MBL estão, por exemplo, a extinção de políticas afirmativas como cotas raciais e o combate às ideias de desencarceramento. De acordo com Ortellado, as lideranças do MBL “descobriram que as chamadas ‘guerras culturais’ eram um ótimo instrumento de mobilização e que por meio do discurso punitivista e contrário aos movimentos feminista, negro e LGBTT podiam atrair conservadores morais para a causa liberal”.


Para a escritora e jornalista Eliane Brum, agir ora como liberal, ora como conservador faz parte da estratégia de sobrevivência do MBL, pois dá ao movimento “uma consistência que não condiz com a realidade de seu conteúdo”. “Eles são o que lhes for conveniente ser”, escreveu Brum sua coluna no El País Brasil.


“A dificuldade de nomear o que são, é importante perceber, os favorece. [...] Isso lhes facilita se moverem, por exemplo, da luta anticorrupção para as bandeiras morais, agora que não lhes interessa mais derrubar o presidente”, continua a escritora, referindo-se à inércia do MBL em relação a Michel Temer, envolto em diversos escândalos de corrupção.


A necessidade de responder a uma base heterogênea faz com que o MBL não seja coerente, tanto do ponto de vista ideológico quanto estratégico, diz a pesquisadora Camila Rocha. “Eles tentam se coordenar minimamente, mas a impressão que eu tenho é a de que o movimento não é tão coeso. Essa decisão de apoiar o boicote ao Santander, por exemplo, não foi recebida sem conflito pelos simpatizantes do MBL. Teve gente que não gostou.”


Segundo Rocha, as lideranças do campo da direita podem ser divididas em dois grupos principais. Um deles, propriamente liberal, se agrupa em torno de políticas pró-mercado e é favorável a uma liberalização dos costumes ou são alheios a esse debate. O outro compõe o campo liberal-conservador e encampa o discurso da moral e dos costumes.


“Essa é a direita que está alinhada em torno da família [do deputado federal Jair] Bolsonaroe dos políticos de extração religiosa. O campo propriamente liberal está mais a fim do João Doria e tem simpatia também pelo Partido Novo, por exemplo”, afirma a pesquisadora.


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'Cena de interior II', obra da artista Adriana Varejão


Coerente ou não, fato é que o MBL tem ampliado sua influência. Artigo publicado na segunda-feira 18 pelo jornal O Estado de S.Paulo aponta que o grupo se consolidou como “o principal movimento político virtual brasileiro”, sendo líder no segmento em interações e crescimento no Facebook, de acordo com a ferramenta CrowdTangle, da própria rede social.


“Basta ver a influência que a página do MBL no Facebook tem entre presidenciáveis. No universo de publicações com a palavra 'Doria' no Facebook ao longo de 2017, o MBL foi, de longe, o maior responsável por comentários, likes e compartilhamentos: 8 milhões de interações – quase o dobro das provocadas pela página oficial do próprio João Doria”, diz o artigo. No mesmo período, o MBL foi responsável por 16,9 milhões de interações e 52 milhões de visualizações de vídeos que continuam a palavra 'Lula', mas que “não eram propriamente elogios”, conclui o texto.


A um ano das eleições presidenciais de 2018, não é possível dizer se as questões morais terão algum protagonismo na disputa, como foi em 2010 com a pauta do aborto, ou se a campanha será dominada exclusivamente pela crise econômica. Temas ligados ao universo LGBTQ e à defesa dos direitos das minorias têm sido, contudo, explorados por partidos e ativistas, e não fica difícil constatar que essas bandeiras têm servido a projetos de poder. Basta observar os efeitos do encerramento da exposição Queermuseu.


"Esse fato serve de combustível para as disputas políticas, para alimentar a agenda política dos partidos em época de eleição. Porque, no mundo da comunicação, tudo isso é inócuo: as imagens transitaram pela internet muito mais do que teriam circulado se nada disso tivesse acontecido", conclui a professora Cristina Costa.


*


TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE
O CONSERVADORISMO MORAL COMO REINVENÇÃO DA MARCA MBL
Por: Gabriel de Barcelos
1 de outubro de 2017
LE MONDE DIPLOMATIQUE


O imaginário recorrido atualmente pelo MBL é o das “guerras culturais” e da luta contra o “marxismo cultural”. A semente desta segunda ideia vem sendo plantada há muitos anos pela direita brasileira, tendo Olavo de Carvalho seu principal formulador.


Crédito da Imagem: Alves
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– O MBL (Movimento Brasil Livre), organização com membros investigados por diferentes crimes e financiado por partidos como o PMDB e grupos de interesse econômico dos EUA, surgiu inspirado nas formas de mobilização da juventude, como as vistas em 2013, especialmente na força das redes sociais. Isso pode ter acontecido na escolha de um nome parecido com MPL (Movimento Passe Livre). Algo semelhante foi feito com o nome de outro grupo, o “Vem pra rua”, que se valeu de uma conhecida palavra de ordem das manifestações de esquerda. Como afirma Pedro Ferreira, integrante do grupo Bonde do Rolê e um dos fundadores, do MBL: “Partimos da tese de que faltava estética e apelo para difundir na sociedade uma visão de mundo mais liberal. A esquerda contemporânea desenvolveu uma roupagem romantizada para seus ideais e, assim, formou uma militância consistente. Era preciso –com o perdão da ironia– revolucionar o liberalismo.”


– Depois de obter sucesso nas ruas, ancorado na ampla divulgação do maior meio de comunicação brasileiro, a TV Globo, obtiveram a vitória no impeachment de Dilma. Tanto pela diminuição de seu poder de mobilização nas ruas após isso, como pela necessidade de preservar Michel Temer e outros aliados, resolveram voltar a focar a ação nas redes sociais. Desmoralizados após uma série de denúncias e criticados por seguidores pelo apoio a Temer, o MBL conseguiu uma sobrevida com a viralização de seus posts, com profissionais especializados na criação de “memes”. Junto a isso, o grupo investiu em ações isoladas nas ruas, de ataque à esquerda, com a função de criar performances para a câmera, para a divulgação posterior em vídeo.


– Percebendo o fracasso da defesa das ideias neoliberais entre o povo brasileiro (eles não conseguiram convencer os trabalhadores que era bom perder direitos), partiram para um novo redirecionamento. Agindo de acordo com a lógica de mercado, fizeram algo próximo do que no marketing se chama “rebranding” (embora sem mudar a identidade visual, mas as estratégias de sua organização, a sua filosofia operacional). A aposta foi no velho conservadorismo brasileiro em relação aos costumes, à moral e à cultura, algo com muito mais chance de sucesso. Daí a tentativa de censurar escolas e exposição de arte, como velhos beatos com tochas na mão.


– O imaginário recorrido atualmente pelo MBL é o das “guerras culturais” e da luta contra o “marxismo cultural”. A semente desta segunda ideia vem sendo plantada há muitos anos pela direita brasileira, tendo Olavo de Carvalho seu principal formulador. Segundo estas teorias, a esquerda teria colocado em segundo plano a tomada revolucionária do poder, para investir na destruição dos tradicionais valores ocidentais de família, religião, moral, cabendo aos homens e mulheres de bem defender e preservar estes pilares. O discurso em questão fala muito melhor aos corações brasileiros, relativamente progressistas em termos de direitos sociais, mas conservadores em questões comportamentais-culturais. Ou seja, caímos na armadilha do MBL, estamos agora jogando o jogo escolhido por eles, num terreno agora bem mais favorável, em sintonia com a subjetividade carola do Brasil, através de uma cortina de fumaça, criada para desviar o foco de Temer e grupos políticos próximos da organização.

– O MBL vem se reinventando a todo o momento e resolveu apelar para táticas mais fáceis, falando mais às entranhas de seu público do que à racionalidade. Riscaram um fósforo e acenderam um pavio em sua cruzada moralista contra a arte, gerando um efeito manada. Se a marca MBL estava severamente comprometida, seus desvios estratégicos conseguiram manter a sua posição de grande influenciador no campo da direita.


– Infelizmente, a esquerda brasileira perdeu a sua oportunidade histórica, quando abandonou um movimento de amplo apoio popular como as greves gerais e outras mobilizações contra a reforma de Temer. Estas lutas se comunicavam diretamente com os direitos da classe trabalhadora e foram negligenciadas pela maior parte das direções de movimentos nacionais, cegas para a importância da difusão e disputa de ideias e das consciências. Além disso, há uma defasagem muito grande da esquerda em compreender as dinâmicas contemporâneas e as suas ferramentes de comunicação, especialmente entre a juventude.


– Não são poucas as referências comparativas entre a ação do MBL e a história de regimes nazi-fascistas. Contra a barbárie que se desenvolve e se avizinha em sua consolidação total, a única forma é o retorno ao foco na construção da resistência popular em defesa dos direitos e da explicitação dos interesses de classe envolvidos em grupos como o MBL. Novamente deixamos um vácuo para ser preenchido pelo fascismo. É preciso, portanto, agir logo, pensar para além da lógica eleitoral. Do contrário, nos restará no futuro olhar para o passado e pensar: por que não conseguimos impedir isso de acontecer?


*


De liberais anticorrupção a guardiães da moral: a metamorfose do MBL
2 OUT 2017
EL PAÍS BRASIL


Apropriação de pautas conservadoras faz grupo radicalizar postura contra manifestações artísticas, como a do Queermuseum, em Porto Alegre, e no MAM, em São Paulo



BL MAMAto do MBL a favor do Escola sem Partido, em agosto deste ano, em SP. FOLHAPRESS


"Nóis é tipo bem Jesus / Todo mundo a gente ama / Inda [ainda] mais se for gatinha / Rola até levar pra cama / A gente topa tudo / Sapatão a bigodudo / Na hora do piriri / Cai ni min ô travesti / A gente somos linda / A gente somo inteligente / Antes de dar o edí [cu] / Eu jurava que era crente / Alegria da moçada, da perua a favelada / Nosso som é fantasia pra mamãe, vovó, titia".


A letra acima é da música Solta o Frango, do Bonde do Rolê, grupo musical formado há mais de 10 anos por Rodrigo Gorky, Laura Taylor e Pedro Augusto Ferreira Deiro. Este último, conhecido como Pedro D'Eyrot, é também um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), o grupo que protagoniza protestos contra o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. Seus ativistas estiveram na frente do museu na última sexta-feira. O espaço cultural promoveu uma performance na qual um artista permanece, totalmente nu, no centro da sala enquanto os espectadores interagem com ele. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, uma criança, acompanhada de sua mãe, se aproxima do artista deitado no chão, de barriga para cima, e toca seus pés e uma mão. "As crianças devem ser protegidas, como diz a lei, para ter seu desenvolvimento físico, moral, espiritual e mental garantido. (...) Evidentemente, isso é um atentado, é um crime, contra as crianças, contra a sociedade, contra nossos valores", disse Kim Kataguiri, coordenador nacional e um dos principais rostos do MBL, neste vídeo — uma amostra da pesada artilharia lançada pelo movimento nas redes sociais contra o MAM, que rebateu os protestos com a mensagem que pode ser lida abaixo. Após a polêmica, até o prefeito de São Paulo, João Doria, que possui uma relação estreita com o grupo, se posicionou contra a performance, argumentando que "tudo tem limite".


Nas últimas semanas, o MBL também se apresentou como defensor da moral em uma campanha que pediu — e conseguiu — a suspensão da exposição Queermuseum, em Porto Alegre. “A gente promoveu uma campanha de boicote a uma exposição que queria mostrar pedofilia, zoofilia e ofensas à fé cristã, ofensas à imagem de Jesus Cristo”, justificou Kataguiri neste vídeo.


As controvérsias e incoerências dos líderes e criadores do MBL acompanham o crescimento do movimento, que nasceu com o objetivo de mobilizar as ruas a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), de pregar o liberalismo econômico e exigir o combate à corrupção. Com relação a este último ponto, eles ainda concentram seus ataques, de forma obsessiva, ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é acusado de corrupção em vários processos e já foi condenado em um deles. Falam pouco, contudo, de políticos como o senador Aécio Neves (PSDB) e o presidente Michel Temer (PMDB), ainda que o primeiro tenha sido gravado pedindo dinheiro a Joesley Bastista, da JBS, e o segundo tenha sido alvo de duas denúncias por corrupção e organização criminosa da Procuradoria-Geral da República. "O MBL se articula em torno de alguns temas, mas os principais são ainda o antipetismo e a defesa das propostas liberais do governo. Isso explica o alinhamento com o PMDB e o PSDB", explica Fábio Malini, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenador do Laboratório de estudos sobre Internet e Cultura (LABIC).


A artilharia contra a esquerda e qualquer tese defendida por grupos que eles vinculam a ela é o que mais se destaca em suas páginas. Só a do Facebook soma 2,5 milhões de curtidas. Mas de um tempo para cá o MBL vem se apropriando de pautas ultraconservadoras em diversos campos, firmando-se como porta-voz e tropa de choque desses setores. Com forte discurso punitivista, seus membros defendem, por exemplo, a redução da maioridade penal e o fim do estatuto do desarmamento. Se antes se recusavam a comentar temas morais ou comportamentais, hoje participam ativamente da chamada "guerra cultural". Pregam contra o aborto, o feminismo, a "ideologia de gênero" e o "politicamente correto". Não raro dizem que negros, homossexuais e mulheres têm discursos "vitimistas" e "infantis". O "livre" que carrega em seu nome também se contradiz com uma das pautas preferidas do grupo: o Escola Sem Partido, que prega o que eles chamam de "o fim da doutrinação" nas escolas. O Ministério Público Federal já alertou sobre a inconstitucionalidade do projeto, enquanto que especialistas argumentam que, na prática, ele atenta contra a liberdade do professor na sala de aula.


O leque de assuntos varia de acordo com o que grupos liberais e conservadores começam a defender de forma desorganizada nas redes. Na última semana, por exemplo, os ativistas Alexandre Santos (Salsicha) e Artur do Val foram até a favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para demonstrar como os moradores supostamente estavam satisfeitos com a intervenção das Forças Armadas contra o tráfico de drogas na região. Do Val possui um canal no Youtube chamado Mamãe Falei e é presença constante em, sobretudo, ações políticas e atos da esquerda com o objetivo de contrapor as pautas que ali estão sendo defendidas. Ele esteve também nas últimas semanas no Rio Grande do Norte para defender o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo e alvo de uma ação milionária movida pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte. A empresa é acusada de terceirizar funcionários em condições piores que as oferecidas aos funcionários com carteira assinada do grupo. Em seus vídeos, buscava demonstrar como trabalhadores terceirizados estavam contra a procuradora do trabalho responsável pelo processo.


Para Malini, o MBL segue a tendência das redes e "como a internet vive da atualização contínua dos fatos", está forçado a também mudar constantemente. "A pauta do impeachment cessou depois de 2016, forçando o movimento a buscar novas agendas. Como o MBL se comporta como partido, tendo inclusive lançado um processo de filiação a partir de 2016 e candidatos a vereador, ele precisa ganhar institucionalidade com as agendas", explica Malini. "E as agendas que têm mais popularidade estão no campo do comportamento, mais à direita do próprio MBL, o que acabou forçando um movimento de direita moderada a migrar para um populismo conservador", acrescenta.


O movimento também apresenta ao vivo o MBL news em seu canal de Youtube, onde seus membros leem, comentam e fazem piadas dos acontecimentos diários. No mesmo canal publicam vídeos curtos, que contam com milhares de visualizações, nos quais explicam e opinam sobre determinados temas. Geralmente lançam mão de informações e dados sem mencionar a fonte. "Não existe desigualdade nos salários quando levamos em consideração o tempo de trabalho, a formação, a produtividade e o tempo de permanência no emprego", diz Kim Kataguiri neste vídeo, no qual questiona a desigualdade salarial entre homens e mulheres. "Os homens trabalham uma média de 41.8 horas. As mulheres, 37.3. Os homens permanecem, em média, 6.2 no mesmo emprego. As mulheres, 5.5", acrescenta. A reportagem não encontrou as fontes destes dados. Entretanto, segundo os dados de 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados pelo IBGE, as mulheres têm níveis de escolaridade cada vez mais altos, fazem mais tarefas domésticas e estão chefiando cada vez mais famílias. Ainda assim, o rendimento médio dos homens era de 2.012 reais, enquanto das mulheres era de 1.522 reais. Esta diferença pode chegar a quase 1.000 reais dependendo do Estado, segundo o instituto. Em e-mail enviado ao EL PAÍS, o MBL diz fazer "uso de dados públicos para embasar seus vídeos" e divulgar "as fontes rotineiramente".


O movimento nega que tenha mudado sua agenda de reivindicações e assegura que se mantém "coerente na defesa de suas bandeiras, elogiando ou criticando as mesmas posturas ou políticas públicas desde 2014". O perfil do MBL no Facebook é a página de direita que mais cresce e a que mais interage com usuários, segundo a ferramenta de monitoramento Crowdtangle e um levantamento feito pela escola de Comunicação Digital ePoliticSchool.


Migração para a política partidária


Quando surgiram, no final de 2014, os ativistas do grupo chamaram a atenção pela sua juventude e por terem abraçado a correção na política como alvo. Diante de um PT envolvido em vários escândalos e que caía de joelhos com a Lava Jato, era fácil compreender porque a artilharia se voltava especialmente a um partido que somava então 12 anos no poder. O próprio EL PAÍS chegou a compará-los a uma banda de rock. Diziam-se, então, apartidários. Durante um ato pelo impeachment na avenida Paulista, em abril de 2015, chegaram a expulsar do palco o pastor Everaldo, que foi candidato à presidência pelo PSC no ano anterior, por causa do "partidarismo" do pastor. "Nós não permitimos que políticos subam no palanque", disse na ocasião Rubens Nunes Filho, do MBL. "Nós o cumprimentamos, mas pedimos para que se retirasse por conta do nosso apartidarismo", afirmou, à revista Época.


Recentemente, fizeram as pazes com a representação por partidos. Alguns de seus membros estão filiados a legendas políticas e até se elegeram vereador — o caso mais conhecido é o de Fernando Holiday, coordenador nacional do movimento que foi eleito em São Paulo pelo DEM. Outros ocupam cargos em câmaras municipais e prefeituras de cidades como Porto Alegre, Goiânia, Caxias do Sul (RS) e São José dos Campos (SP). O grupo também ensaia se unir a parlamentares do PSDB para as eleições de 2018. E se, no passado, não deixavam que políticos subissem no carro de som do MBL, hoje, são eles os que sobem no palanque de olho na eleição de um possível candidato: João Doria(PSDB), atual prefeito de São Paulo.


A candidatura do tucano começou a ser articulada ainda em outubro do ano passado, antes mesmo de assumir a Prefeitura, segundo indica um áudio de um dos líderes do movimento, Renan Santos, ao qual o EL PAÍS teve acesso. Nele, Santos critica o deputado Jair Bolsonaro, preferido pelos conservadores para a Presidência, e fala em "convencer" o prefeito de São Paulo a se candidatar. "Tem que ser Doria 2018, tem que convencer esse cara a sair para presidente. Ele tem lá um pezinho social-democrata aqui e ali (...), mas acho que a gente tem que trabalhar para colocar esse homem lá", diz Renan.


Questionado pela reportagem sobre qual será a estratégia para as eleições, sobretudo com relação a uma possível campanha do Doria, o MBL respondeu: "Nossa estratégia é sermos fiéis a nossos valores e ideais. Acreditamos em uma agenda de país que trate da diminuição da máquina pública, defenda a política de privatizações, proponha a independência do Banco Central, reformas como a trabalhista, previdenciária, tributaria; uma revisão do pacto federativo, entre outros". O grupo também diz apoiar "parlamentares que defendam boas ideias, independente da sigla" — com exceção das de esquerda e centro-esquerda, como PSOL, PT e Rede, os quais eles consideram "extremistas".
O prefeito não esconde sua proximidade com o grupo. Alguns integrantes do MBL já conquistaram cargos na administração municipal. Paloma Oliva, 22 anos, e Cauê Del Valle, 23, são funcionários da prefeitura regional de Pinheiros, comandada por Paulo Mathias — que foi presidente da juventude PSDB e, neste ano, ingressou no MBL. Já na Prefeitura regional da Sé está Eric Balbinus, que também é editor do site O Reacionário, muito compartilhado na página do MBL no Facebook.


Intimidação na rede


O respaldo ao prefeito também faz com que o grupo dedique boa parte de suas postagens nas redes sociais para enaltecer a gestão municipal e intimidar jornalistas ou personalidades que contrariam o tucano ou a ideologia do grupo. Um desses casos de revide ocorreu com o então promotor eleitoral José Carlos Bonilha, que pediu uma abertura de inquérito contra o vereador Fernando Holiday para apurar se ele desobedeceu a lei eleitoral. Em áudio ao qual o EL PAÍS também teve acesso, Flávio Hernandes, outro membro do MBL, pede para "levantar a vida" do promotor. O resultado pode ser conferido nesta publicação do site Jornalivre. Questionado, o MBL assegura que "a pessoa em questão é apenas um apoiador e sua opinião não tem relação alguma com a do movimento".


O mais recente escracho nas redes ocorreu na última semana, contra o jornalista Artur Rodrigues, da Folha de São Paulo. Ele publicou uma reportagem na qual informava que a prefeitura regional de Pinheiros havia contratado o ativista Cauê del Valle — que antes era assessor parlamentar de Holiday — logo após apagar uma pichação no muro da casa de Doria. O MBL chegou a postar nas redes uma foto de Rodrigues na qual ele aparece em frente a uma estante livros. O grupo destacou uma biografia do guerrilheiro Carlos Marighella em sua estante, sugerindo que o profissional estava vinculado à "extrema-esquerda". "O MBL atua como escudo do Doria. Quando ele é criticado ou atacado, o movimento com frequência revida. No lugar de discutir o tema, ele busca o calcanhar de Aquiles de seus adversários e ataca", explica Malini. Em certas ocasiões, Doria e o MBL agem de forma paralela. Como Donald Trump nos Estados Unidos, costumam taxar as reportagens com as quais não concordam de fake news."Esta estratégia de revide, de escracho, de silenciamento, é muito própria da internet. E o MBL se especializou nisso", acrescenta o especialista.


Rodrigues já havia sido alvo desta mesma estratégia de intimidação em julho deste ano, quando publicou uma reportagem na qual dizia que as doações de empresas privadas para a Prefeitura de São Paulo não estavam sendo efetivadas. No mesmo dia, tanto o prefeito como o movimento reagiram de maneira ostensiva e utilizaram estratégias parecidas contra o repórter que assinou o texto. Enquanto o MBL atacava o jornalista em suas redes e no site Jornalivre, o prefeito publicava um vídeo no qual também expunha o autor da matéria, chegando inclusive a marcar a página pessoal do repórter no Facebook.


O MBL assegura que não recorre a práticas de intimidação. "Quem agride e mata jornalistas são militantes ligados ao MPL — Movimento Passe Livre. A memória de Santiago Andrade não pode ser esquecida", disse o grupo ao EL PAÍS, referindo-se ao cinegrafista que morreu após ter sido atingindo por um rojão em 2014, durante um protesto no Rio contra o aumento do preço das passagens de ônibus. Os dois jovens que seriam responsáveis estão sendo julgados. "Nós do MBL respeitamos e defendemos a atividade da imprensa", acrescentou o movimento, que faz uso de sites que se dedicam a espalhar comentários ofensivos ou tendenciosos pelas redes. O principal deles é o já mencionado Jornalivre, uma espécie de porta-voz do MBL. Quando a jornalista Camila Olivo, da rádio CBN, noticiou que moradores em situação de rua da praça da Sé, em São Paulo, foram acordados com jatos d'água por funcionários da prefeitura que limpavam o local, este site escreveu o seguinte sobre a profissional: "Assim como outros jornalistas da grande mídia, Camila faz parte da classe dos extremistas de esquerda que simulam isenção, evitando se associar ao petismo e outras variantes do pensamento socialista". Este texto serviu de base para que, depois, Doria falasse que a jornalista tinha um "passado ideologicamente comprometido com o PT".


A relação do MBL com o site — que está registrado fora do Brasil — não está clara e o grupo se limita a dizer que tem uma relação "amigável" com ele. A reportagem fez um levantamento utilizando a ferramenta Crowdtangle, de monitoramento de páginas do Facebook, e verificou que, entre os dias 16 de junho a 17 de setembro deste ano, o movimento publicou em sua página oficial 4977 posts. Um total de 2.321 posts, quase a metade, são links para os textos do Jornalivre.


AS RESPOSTAS DO MBL AO EL PAÍS


Pergunta. O MBL mudou sua agenda de reivindicações e bandeiras desde sua fundação? Se sim, quais novos temas foram abarcados e quais foram deixados de lado?


Resposta. Não. O movimento notabiliza-se por se manter coerente na defesa de suas bandeiras, elogiando ou criticando as mesmas posturas ou políticas públicas desde 2014.


P. Qual a relação do MBL com o site Jornalivre?


R. Amigável, assim como é com diversos outros sites independentes.


P. O MBL vai mesmo se unir a parlamentares jovens do PSDB nas eleições de 2018?


R. O MBL apoia parlamentares que defendam boas ideias, independente da sigla. Obviamente, aqueles de partidos extremistas como PSOL, PT, PCdoB, Rede e etc não contarão com nosso apoio.


P. Qual é a estratégia do MBL para as eleições de 2018, sobretudo com relação a uma possível campanha do Doria?


R. Nossa estratégia é sermos fiéis a nossos valores e ideais. Acreditamos em uma agenda de país que trate da diminuição da máquina pública, defenda a política de privatizações, proponha a independência do Banco Central, reformas como a reforma trabalhista, reforma previdenciária, reforma tributaria; uma revisão do pacto federativo, entre outros.


P. O EL PAÍS teve acesso a um áudio no qual o membro do MBL Flávio Hernandes fala que a vida do promotor José Carlos Bonilha deveria ser “vasculhada”. Por que vocês adotam este tipo de prática?


R. A pessoa em questão é apenas um apoiador e sua opinião não tem relação alguma com a do movimento. A pergunta não faz sentido.


P. O MBL é acusado de intimar e expor jornalistas que fazem matérias com as quais o MBL não concorda. Isso de fato ocorre? Se sim, por que? Se não, por que surgem estas acusações?


R. Vocês erraram a sigla. Quem agride e mata jornalistas são militantes ligados ao MPL - Movimento Passe Livre. A memória de Santiago Andrade não pode ser esquecida. Nós do MBL respeitamos e defendemos a atividade da imprensa.


P. Ao abordar diversos temas, como os de segurança pública, o MBL utiliza vários dados para sustentar seus posicionamentos. Mas nunca diz as fontes desses dados. Por quê? Como é feita a pesquisa do MBL?


R. O MBL faz uso de dados públicos para embasar seus vídeos, e divulgamos as fontes rotineiramente.


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- Obrigado!


- De nada!


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Diante da adesão, soltando um suspiro de alívio (😪), chego à conclusão de que toda a dor de cabeça com (alguns!) segmentos identitários valeu a pena.


E tenham certeza:


- L’enfant terrible da blogosfera vai continuar aqui...


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Sem medo de dizer as verdades “inconvenientes”...


As que “pegam mal”...


As que não dão like...


- ... ou receita publicitária!


As que "desagradam"...


E que podem "fechar portas" na blogosfera...


E nos partidos políticos!


As que...


...


Enfim:


Sem medo de dizer não o que o público QUER ouvir...


- ... mas sim o que ele PRECISA ouvir!


(de, ao menos, uma pessoa solitária que seja!)


*


- Magno Malta...


(sim, aquele do look "bicheiro que encontrou Jesus!")


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- E Alexandre Frota (no MAM)


(sim, aquele do look "ex-ator pornô extremamente VERSÁTIL", tentando achar a PUTARIA... da vez)




https://lh3.googleusercontent.com/J8wsjZMhefdF9gVargtMDxIRuIBS3n3yQ9aSTb_I5fjaeUJfyTePbLy6mvat9oATmwujKGqyiW7K7QaAt4ayOw6PrmHXbYILAa-wyKdhwb5VocrQgVF3UT_42UqdXYMt_P4M5EE


👉A nova falsa polêmica FAKE (do MBL): "pedofilia no MAM" (sic) (!)


Romulus Maya: e vc acha que eu vou entrar nessa "nova (?) polêmica (fake)"??


Que eu vou discutir "mérito" (sic)?


Com o Alexandre Frota??


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Ora, por favor...


Já tinha identificado a tática e denunciado pioneiramente, semanas atrás, lá no Blog.


Até o golpista Rodrigo Maia (!) leu e entendeu (ver prints)


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Tudo o que tinha a dizer sobre isso está nestes artigos:






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Next, please!


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Marcoz Antonioz Gavérioz - "A nova falsa polêmica (do MBL): pedofilia no MAM e os 'novos empreendedores morais da geração y-z'


Tomei um remédio pro estômago e fui mapear as postagens do MBL desde o dia 28\9 até agora. Parti da primeira postagem sobre o MAM feita pela página.


Vamos aos dados:


69 postagens: 13 no dia 28\9; 53 no dia 29\9 e 4 no dia 30\9 (até o momento desse post);


Destas: 47 versam sobre a apresentação artística do MAM; 7 sobre o Lula; 2 MBL no ABC; 2 sobre o congresso MBL; 2 sobre Alexandre Frota; 1 MBLNEWS, 1 sobre ideologia de gênero\cotas; 1 sobre o Queermuseu; 1 sobre Venezuela; 1 sobre Battisti; 1 sobre a defesa dos direitos dos animais com Luisa Mel; 1 sobre a manifesto contra a pedofilia e sexualização infantil.


Vejamos a distribuição das postagens de forma cronológica, de 28 a 30\9 (até o momento desse post) com relação a seus temas (indico apenas termos, independente da abordagem):


28\9
Mam, mam, lula, lula, mbl no abc, lula, lula, queermuseu, mbl no abc, ideologia de genero\cotas, mam, mam, mam (13);


29\9
Mam, mam\jean wyllis, cultura do estupro\mam, mam, mam, mam, mam, mam, cultura do estupro\mam, mam, mam, mam, mam, mam\maioridade penal, lula, mam, mam, mam\pedofilia, mam\playboy, mam, mam\sub-blog petista, mam\pornografia, mam, mam, mam, mam, mam\rouanet, mam, mam\mamae falei, congresso mbl, mam\kataguiri, mam\rounet, lula, mam\holiday\denuncia onu, congresso mbl, mam\kataguiri, mam\magno malta, mam\pornografia, mam\jean wyllis\filipe barros, mam, mam\magno malta\ alckmim, mam\lygia clark, mblnews, lula, frota, mam, venezuela, battisti, mam\inquerito mp, mam, luisa mel e os direitos dos animais, frota (52);


30\09
manifesto contra a pedofilia e sexualização infantil, mam, mam\holiday\denuncia onu, mam\carta capital (4);


HIPÓTESE:
O MBL tem concentrado seus esforços em uma espécie de neo-empreendedorismo moral; sua política desloca-se da combate à corrupção à defesa da moral e dos bons costumes." -


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- Obrigado! (2)


- De nada! (2)




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Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?

- Pois você não está só! Clique nos links (4 volumes já!) e chore as suas mágoas:



















  



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A tese central do blog:





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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como "uma esquerdista que sabe fazer conta". Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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